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E os redutores de velocidade?

Atropelamento com morte na Via Rápida reacende alerta quanto aos motoristas que aceleram demais

Por Francine Ferreira Criciúma - SC, 06/04/2019 - 07:33
Foto: Jotha Del Fabro / Rádio Som Maior
Foto: Jotha Del Fabro / Rádio Som Maior

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A morte da ciclista Valdicéia de Medeiros, de 53 anos, nessa sexta-feira, após ser atropelada quando utilizava a ciclovia e tentava atravessar a Via Rápida, em Criciúma, levantou novamente o alerta quanto aos motoristas que excedem a velocidade máxima permitida no trecho urbano da rodovia, que é de até 60 quilômetros por hora. Neste cenário, também se fortalece a cobrança pelos redutores de velocidades prometidos para o local.

Stefano Felipe de Almeida foi presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim Maristela por anos, até junho de 2017, e participou de toda a negociação com a comunidade, para construção da Via Rápida.

“Um documento foi assinado entre a comunidade e o Governo do Estado na época, que garantia a instalação de redutores de velocidade, fossem físicos ou eletrônicos. Só isso depende de quem vai administrar a Via Rápida, o que não foi definido até hoje. Já levantamos o problema em outras oportunidades, mas a situação da estrada não está permitindo que nenhum ente público tome uma iniciativa pra resolver”, completa.

Conforme o ex-presidente, a população já imaginava que fatalidades fossem ser registradas no trecho. “Mas, infelizmente, não temos o que fazer, pois precisamos esperar a resposta do poder público. Já pedimos que sejam colocados os controladores de velocidade. É que as pessoas estão pensando que podem enfiar o pé no acelerador, até respeitam mais na frente do Batalhão da Polícia Militar, mas depois chegam a passar de 100 quilômetros por hora”, conta.

Ciclovia perigosa

Além do excesso de velocidade, a forma como a ciclovia foi construída é outro ponto que tem gerado debate. “Ela é um bem necessário, inclusive foi solicitada pelos moradores. Só que a maneira como ela foi instalada, em uma mesma pista que a faixa de veículos, talvez não seja a mais correta. Mas ressalto, não foi a comunidade que escolheu”, argumenta Almeida.

Polícia Militar segue fiscalizando

Apesar da fatalidade dessa sexta-feira, de acordo com o subcomandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Criciúma, major Eduardo Moreno Person, a corporação não tem recebido muitas denúncias relacionadas ao problema de excesso de velocidade.

“Como é um local frequentemente patrulhado e muito próximo do batalhão, a gente fiscaliza bastante e, quando observamos o excesso, fazemos a autuação. Ainda assim, o que observamos é que é uma via que foi feita para proporcionar acesso rápido à BR-101, mas que passa dentro de um bairro e, neste espaço, demanda de mais atenção”, reforça.

Diante do problema, o subcomandante acrescenta que as pessoas que utilizam a via, sejam motoristas, ciclistas ou pedestres, precisam ter mais atenção com o que acontece nos arredores, principalmente neste trecho mais urbanizado. “E, claro, respeitando a velocidade máxima permitida, que é de até 60 quilômetros por hora”, finaliza.

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