O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva iniciou a entrevista coletiva desta segunda-feira, 30, para atualizar os casos de coronavírus (Covid-19) destacando as ações feitas no estado para evitar a disseminação do vírus em larga escala. “Entendemos que essas medidas que o governo tem solicitado são amargas. É um remédio amargo para uma doença que não termos cura no momento. A Crise vai atingir todos. O esforço é de todos”, fala Moisés, destacando ainda que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, presidentes de vários países e a Organização Mundial da Saúde (OMS), solicitam o isolamento social. “Nenhum país conseguiu até hoje enfrentar essa crise. A própria OMS recomendando isso, a única forma de impactar o sistema de saúde positivamente é o isolamento social”, cita.
Moisés disse ainda que nos últimos 13 dias foram implantamos 118 novos leitos de UTI. “O investimento chega a R$ 76 milhões. Até o final de maio, mais 713 leitos em todas as regiões do estado. Não é qualquer leito nem qualquer profissional que pode atender. Precisa ser profissionais preparados, todas as manobras que um médico intensivista faz no dia a dia. Não conseguimos transformar todos os hospitais em unidades de terapia intensiva.”, falou.
O governador lembrou que chegou ao estado alguns itens vindos do Governo Federal como álcool, óculos de proteção, luvas e aventais. “É uma ajuda importante. No que o Estado tiver que fazer, vai trabalhar arduamente para que todo o planejamento seja operacionalizado”, ressaltou.
Diálogo com a Fecam
O governador também anunciou que terá nova reunião com a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), na manhã desta terça-feira, 31, onde debaterá possíveis novas medidas. “Vamos construir medidas com a Fecam. Não ter casos confirmados na região não significa que o vírus não esteja circulando”, citou.
Estado com 219 casos
Na entrevista online, o governador informou que o estado chegou a 219 casos confirmados. No Sul, são 55. Destes, 51% homens e 49% mulheres. A faixa etária se coloca entre 10 e 19 anos, 2 casos. De 20 a 29 anos, 33 casos. De 30 a 39 anos, 53 casos. De 40 a 49 anos, 37 casos. De 50 a 59 anos, 36 casos; 60 a 69 anos, 39 casos; 70 a 79, 10 casos; 80 anos a 89, 6 casos.
Na lista abaixo, divulgada pelo Governo do Estado, Criciúma aparece com 15 casos, porém, dois são de Siderópolis, que tem quatro no total e não dois como na listagem do Estado.
Momento silencioso da pandemia
O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, comentou que este é um momento silencioso da pandemia. “As pessoas não percebem. O crescimento em outros países agudo fez a população passar a entender o que é repassado pelas autoridades em saúde e sobre a falta de operacionalização do sistema. Daqui a pouco vamos falar em pessoas que não têm familiar ou não conhece alguém que precisou ir para a UTI. Precisamos muito da ajuda das pessoas”, disse.
Criciúma divulgou nesta segunda-feira, 30, a confirmação de mais dois casos de coronavírus (Covid-19) na cidade. Ambos são do grupo de risco. O 12º caso é um homem de 61 anos e o 13º, uma mulher de 71 anos de idade, a primeira confirmação de uma pessoa acima dos 70 anos.
Além destes, ainda há duas pessoas com idades entre 20 e 29 anos, três entre 30 e 39 anos e outras três entre 50 e 59 anos de idade.
Hospital Regional de Araranguá será referência no Sul
Durante a entrevista coletiva, Carlos Moisés da Silva anunciou alguns hospitais que serão vocacionados para o tratamento do coronavírus (Covid-19). Entre eles, o Hopsital Regional de Araranguá (HRA), será a referência no sul do estado. “Já temos Florianópolis, Araranguá, São Miguel d’Oeste Lages e Joinville. Nas demais regiões estamos negociando, combinando as ações para ter alas desses hospitais para receber os pacientes de coronavírus em estado grave”, disse o governador.