As mulheres continuam ganhando menos do que os homens, e o cenário não deve mudar nos próximos anos. Comandado especialmente por Amanda Farias no Dia Internacional da Mulher, o Jornal das Nove recebeu a economista Katarine Manique Barreto, que destacou os principais pontos que levam para a desigualdade salarial.
“Infelizmente a gente vive em um país onde o machismo ainda impera. Apesar das mulheres estudarem mais, capacitarem mais, muitas vezes elas não tem as mesmas oportunidades no mercado de trabalho”, afirmou Katarine.
Entre os anos de 2012 e 2016, a média salarial das mulheres ficou em R$ 1.764, enquanto os homens ganhavam R$ 2.306. Segundo ela, um dos motivos que colabora para a diferença é o fato da maternidade. Katarine informou que 35% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.
“As mulheres trabalham muitas vezes nos mesmos cargos e mesmo assim ganham salários menores. Se for equiparar a faixa etária das pessoas, os homens também ganham mais. Não é um setor especifico, de maneira geral, em todas as profissões as mulheres ganham mais do que os homens”.
As mulheres são a maioria nas universidades, Katarine destacou ainda os serviços realizados em casa, quando geralmente as funções não são divididas de maneira igual com os maridos.
“Eu acredito que hoje existem casas que a mulher é a chefe, onde o homem ganha menos. Ainda é muito forte e enraizado na cultura do país. Nada se justifica, as mulheres são trabalhadoras, são mães e ainda ganham menos do que os homens”, completou a economista.