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Foi enxergando necessidades pessoais e de um mercado inteiro que o empresário Eduardo Salles começou, de fato, a empreender. Analisando pontos de negócios que poderiam ser melhorados e criando demandas para essas questões, ele largou o emprego de carteira assinada e buscou o empreendedorismo. Filantropo e empreendedor há quase 20 anos, Eduardo contou como foi a sua jornada no mundo dos negócios no 60 Minutos desta quinta-feira, 28.
No início dos anos 2000, Eduardo trabalhava em uma empresa de logística e percebeu que as organizações brasileiras tinham grandes dificuldades em negociar com as estrangeiras - sobretudo os Estados Unidos. Ele, então, largou o emprego e se mudou para o país norte-americano, onde criou uma empresa que fazia a intermediação de entidades brasileiras e americanas.
O próximo empreendimento veio logo depois, com uma visão obtida ainda no exterior. “Enquanto eu morava lá vi que o mercado de bebidas energéticas era muito forte nos EUA. As prateleiras de mercado eram repletas de bebidas de várias marcas e sabores, enquanto no Brasil só tinham duas ou três marcas, todas muito caras”, comentou.
Eduardo então se juntou ao seu irmão, vendeu um gol amarelo, e fundou a Nitrix: primeira bebida energética em garrafa pet da américa. “Foi uma necessidade, íamos lançar em lata porque todo mundo fazia assim, mas era um investimento muito alto o qual não tínhamos. Fizemos em garrafa pet, o que era mal visto pelos mercados no começo. Hoje, qualquer bebida energética em pet que se vê no mercado é graças à Nitrix”, ressaltou.
Com o tempo, o mercado dos energéticos foi estagnado e não havia mais nada de muito novo que pudesse ser feito para inovar no segmento. O empresário, então, começou a participar de outros projetos, como a produção e venda de totens para carregamento de celulares para os EUA e uma rede filantrópica a qual já ajudou milhares de causas.
Por fim, a necessidade mais uma vez o fez empreender. “Viajava muito a negócios e sempre me deparava com um problema: procurar hotel na cidade e fazer a reserva, o que demorava muito. Nos EUA eu conheci uma plataforma de reservas de última hora, na qual conseguimos reservar rapidamente e pela metade do preço. Fiquei encantado”, afirmou.
Com isso, nasceu o 123 Hotel: plataforma de reservas de última hora, o qual começou a ser divulgado somente em Balneário Camboriú - sua cidade natal. O projeto fez sucesso, foi aderido à grandes polos como Rio de Janeiro e São Paulo e, então, foi selecionado por uma aceleradora que mudou completamente sua atuação.
“Quando o projeto estava pronto para escalar veio o coronavírus e trouxe uma incerteza muito grande para esse ramo de hotéis. Então deixamos de ser uma plataforma de reservas de última hora de hotel, para ser uma plataforma para reservas de última hora”, ressaltou. 123 Hotel passou a ser Escaper e, começou a atender não somente redes hoteleiras como, também, eventos e atrações de última hora na cidade onde o consumidor estiver.
