Mal começamos o ano eleitoral e a Rádio Som Maior já começa a cobertura das Eleições 2018. Para abrir com chave de ouro, o Programa Adelor Lessa promoveu, na manhã desta segunda-feira (12), uma mesa-redonda entre a reitora da Unesc, Luciane Ceretta e os empresários Olvacir Bez Fontana, Paulo Luz e o Claiton Pacheco.
Educação
“Nós precisamos nos unir em torno de propostas que viabilizem o desenvolvimento da nossa cidade e da nossa região. A minha bandeira é a educação e dentro dela a Unesc. A Unesc não como uma instituição que está a margem, mas como instituição que forma profissionais, que movimenta essa cidade e essa região e que precisa ser apropriada de todos que aqui vivem e circulam”, afirmou Luciane Ceretta.
Luciane destacou dois pontos principais. O primeiro a inovação. “Uma região que se pretende desenvolver, que se pretende a frente de outras, gerando riquezas mais do que circulando moedas, precisa ter inovação. Temos aqui em Criciúma, por exemplo, uma bandeira de campanha que acho que tem que ser defendida por todos nós é a questão do Inova, que foi lançado em 2011 e vem se arrastando até agora. Ela pode ser uma fomentadora de novos investimentos, de start-ups, pode ser aquela que mobiliza a sociedade e as forças sócia sem busca de novos empreendimentos que geram riqueza”, comentou a reitora.
Economia
Para Olvacir Fontana, a prioridade e principal cobrança aos candidatos é o aumento da economia. “O Brasil tem que mudar os conceitos para desenvolver e ampliar os negócios. Primeiro diminuir o tamanho do estado, pois é muito incompetente no que faz. O Brasil se viu nos últimos tempos uma política de governo, um interesse deles para se manter no poder e pegava grandes empresários para tornar-se um exemplo aos demais. O Brasil tem caminhado na contramão dos nossos empresários”, afirmou.
Para Fontana, as reinvindicações de infraestrutura a Região Sul estão quase todas atendidas, como o crescimento do Porto de Imbituba, a duplicação da BR-101, A Via Rápida, o Anel Viários.
“Agora cabe aos empreendedores fazer sua parte. Cabe a Criciúma se colocar de pé e empreender, se desenvolver na geração de renda e emprego. Acho que essa mudança tem que ser de consciência. E a nossa universidade tem que ser a alavanca disso”, esclareceu Fontana.
Clareza
“O que nós precisamos hoje é clareza do que somos e queremos. Temos que mostrar para as pessoas daqui e do mundo a fora o que temos. As incertezas da vida são muitas, já nascemos na incerteza. E os nossos governos transformam o que é simples em dificuldades. Como empresário eu recebi pessoas de outros países e não temos clareza, não conseguimos explicar como montar um negócio aqui”, afirmou Paulo Luz.
Segundo Luz, há seis anos aproximadamente, ele tentou trazer um grande grupo espanhol para Criciúma, mas os investidores não compreenderam a legislação fiscal. “O dono esteve aqui. A empresa é dos anos 30, antiga, e eles não se instalaram no Brasil, optaram por um país diferente. Eles gostaram daqui, mas tiveram problemas com a legislação. Tem que ser mais simples. O Estado de Santa Catarina tem que descomplicar. O que eu vejo hoje é uma confusão e o empresário não consegue entender”, esclareceu.
Inovação
“Todo mundo quer emprego e renda. Quando temos emprego e renda parece que tudo fica melhor e os problemas parecem menores. Tenho certeza que podemos dividir as reinvindicações em hardware e software e em Estadual e Federal. Do ponto de vista de hardware uma grande demanda que temos que levar em frente é o nosso Centro de Inovação, que vem sendo prometido há muito tempo. A inovação, para uma cidade pequena, é uma forma de gerar centenas de pequenas empresas que vão gerar milhares de empregos”, afirmou Claiton Pacheco.
Claiton lembrou que o Centro de Inovação de Criciúma vem sendo prometido há muito tempo. “Tanto é que uma cidade que não tem nenhum histórico de inovação, como Lages recebeu o primeiro Centro de Inovação, justamente porque o governador era de lá. Então quer dizer que política resolve o problema de inovação e que nosso problema é um problema político”, explicou.
O empresário disse ainda que, do ponto de vista estadual, uma das principais questões que o público deva abraçar é o Centro de Inovação. “Só que ele é hardware, é um prédio, é um edifício e sozinho não resolve a maioria dos problemas. Por isso, é preciso que outra entidades se envolvam para fazer com que ele gere novos negócios na cidade e a manutenção destes negócios”, esclareceu.