O governador Eduardo Pinho Moreira assumiu na última sexta-feira com a promessa de um governo técnico e enxuto. Em entrevista coletiva na manhã de hoje o Moreira anunciou medidas importantes para recuperação da receita estadual. O destaque ficou por conta da desativação de 15 Agencias de Desenvolvimento Regional (ADRs) e quatro Secretarias do Governo do Estado.
“São elas: As ADRs de Itapiranga, Dionísio Cerqueira, Palmitos, Quilombo, Seara, Caçador, Ituporanga, Taió, Ibirama, Timbó, Brusque, Laguna, Braço do Norte, Canoinhas e São Joaquim. Elas serão desativadas e serão englobadas naquelas secretarias que foram anunciadas em 2002 pelo então governador Luiz Henrique Silveira”, revelou.
Também serão desativadas a Secretaria de Articulação Estadual, Supervisão de Recursos Desvinculados, Assuntos Internacionais e de Assuntos Estratégicos.
“Com isso, reduziremos de imediato 185 cargos comissionados. Nas próximas semanas nós substituiremos muitos secretários e muitas secretarias não terão espeço preenchidos, havendo uma redução que vai ultrapassar 20% dos cargos comissionados de Santa Catarina. Isso demonstra que haverá um enfrentamento a essa realidade necessária de contensão de gastos e controle de gastos públicos”, afirmou Moreira.
O Decreto que prevê o fim das secretarias foi assinado hoje e passa a valer a partir do dia 1° de março, próxima quinta-feira.
Economia
Segundo Pinho Moreira, a economia em cargos comissionados será de R$ 15 milhões por ano. "Agora, nós dobraremos e até triplicaremos se nós colocarmos demandas fiscais como alugueis, carros energias, entre outros”, comentou.
Fundam
Além da desativação das secretarias, Pinho Moreira falou ainda na coletiva sobre o Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam). Segundo o governador, foi autorizado pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a captação de R$ 723 milhões.
“Eu estive com o governador Raimundo Colombo na Secretaria de Tesouro Nacional com o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com o presidente da República. E Santa Catarina tem um espaço fiscal que busca um financiamento de R$ 800 milhões. O Tesouro Nacional autorizou a captação desse recurso”, comentou.
Pinho Moreira explicou que a dificuldade está no repasse direto aos municípios. “Obras que promovam o desenvolvimento econômico, turístico e a integração de Santa Catarina serão processados com mais rapidez”, revelou.
Confira a entrevista completa no áudio: