O decreto de quarentena total e suspensão de atividades do governador Carlos Moisés encerra, por enquanto, nesta terça-feira, 7. Com isso, empresários de Criciúma anseiam para que ainda na quarta-feira o comércio possa a voltar a funcionar em todo o estado, para ajudar na recuperação de uma economia já afetada pela crise do novo coronavírus.
De acordo com o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin, o retorno do comércio nesta quarta-feira seria importante para que os comerciantes pudessem aproveitar um período lucrativo como é a Páscoa e realizarem um bom retorno das atividades. “Essa data é muito importante para o comércio, e perdê-la é um grande problema, então esperamos que seja liberado nesta quarta. Na pior das hipóteses, a nossa expectativa ficaria para a próxima segunda-feira, mas daí já haveria passado o período de páscoa”, comentou Moacir.
Apesar disso, o retorno das atividades comerciais é apenas uma expectativa por parte dos empresários e trabalhadores, já que ainda não há nada concreto por parte do governo do Estado que garanta isso de fato. Com isso, o estado aguarda um novo decreto ou posicionamento do governador. Mesmo retornando, Moacir ressalta a importância do próprio governo determinar as regras de funcionamento de cada estabelecimento.
“Os comerciantes querem voltar, mas com cuidado também. O que defendem é que seja dado uma abertura semelhante a dos supermercados, por exemplo, com controle de entrada de pessoas, todos utilizando máscaras e álcool em gel e com os funcionários do grupo de risco sendo mantidos em casa”, pontuou o presidente da Acic.
Moacir acredita que, mesmo com o comércio funcionando, há ainda uma série de atividades que continuarão suspensas, como restaurantes, hotéis, transportes públicos e até mesmo escolas. As indústrias, por sua vez, seguem trabalhando com 50% dos trabalhadores, mas mesmo assim são afetadas diretamente pela quarentena.
“As indústrias estão autorizadas a operar com 50%, mas muitos não conseguem operar porque falta material, devido a fornecedores que estão fechados de outros estados. Sendo assim, não conseguem matéria prima para ficar operando normalmente”, disse.
Para Moacir, o retorno dos profissionais autônomos e liberais já traz uma certa ajuda para a economia, mas principalmente para os trabalhadores que dependem daquilo para sobreviver. “Voltaram cabeleireiros, advogados, contadores, várias atividades que mostram uma flexibilização do estado. Agora acredito que os micro e pequenos empresários irão pressionar o governo”, concluiu.