A quarta-feira, 6, foi marcada por recordes no mercado financeiro brasileiro. o dólar comercial disparou novamente e com alta de 2% está sendo vendido a R$ 5,70. A outra marca histórica, em meio à crise econômica, o Banco Central diminiu os júros básicos da economia pela sétima vez seguida. A Comitê de Política Monetária (Compom) reduziu a taxa Selic para 3% ao ano, com corte de 0,75 ponto percentual.
O dólar já acumula mais de 42% de crescimento apenas em 2020. O aumento drástico pode ter relação com as quedas da taxa Selic. "Existe uma operação em que as pessoas pegavam dinheiro na Europa, ou nos EUA e trazia aqui para o Brasil, aplicava a juros de 8%, 10% ao ano. Agora nessa situação, a diferença fica muito pequena. Então eles tiram esse dólar daqui e isso acaba depreciando nossa moeda", explicou o economista Lucas Rocco.
Segundo o economista, a ideia do Copom em reduzir a Selic é ter mais dinheiro em circulação, para amenizar os impactos da crise na economia. Quem tem investimentos de pouco risco ou caderneta de poupança deve prestar a atenção no momento. "A rentabilidade anual desses investimentos vai estar em torno de 2%, 2,5% ano. Isso é muito ruim porque dificilmente irá superar a inflação", comentou Rocco.
"O dólar está de cara para o vento, buscando outro patamar. Não sabemos qual é o limite", resumiu. O índice Ibovespa fechou esta quarta aos 79.064 pontos, com queda de 0,51%. No início da sessão, o indicador caiu quase 1%, mas o ritmo de queda diminuiu ao longo do dia.