Os prejuízos contabilizados na agricultura sul catarinense em outubro e novembro de 2023 ultrapassam os R$ 350 milhões. As condições climáticas foram as principais responsáveis pelo resultado desfavorável. Apesar disso, segundo o gerente regional da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), Edson Borba, o que se projeta em redução de produtividade, pode ser compensado com bons preços na comercialização.
“A gente tem uma expectativa que as reduções de produtividade sejam recompensadas pelos produtores por um cenário de melhoria nos preços. O arroz, que é a cultura em maior área na região, iniciou 2023 na casa dos R$ 70 a R$ 75 a saca de 50 quilos, e estamos terminando o ano a R$ 110”, salientou.
A recuperação no valor do milho já é perceptível, assim como os preços na abertura da colheita da safra do maracujá. Então, existe uma boa perspectiva de valorização para o produtor. O consumidor, entretanto, que tem a expectativa de uma alimentação econômica, deve sofrer algum impacto, principalmente nas compras do arroz e feijão.
Vento, granizo, calor e chuva causaram o prejuízo
Os produtores rurais dos 27 municípios pertencentes a Amesc (Extremo Sul Catarinense) e Amrec (Região Carbonífera) passaram por um ano problemático. “Nós tivemos vento, granizo, chuva em excesso, calorão... Um ano bastante complicado para a agricultura em termos climáticos”, detalhou o gerente regional da Epagri.
As chuvas de outubro e novembro deixaram os principais prejuízos, principalmente em lavouras temporárias que estão em tempo de implantação da safra, como milho, arroz, fumo e maracujá. “Todo esse excesso de chuva, sem a presença do sol, acaba prejudicando”, completou Borba.