Durante a crise vivida pela pandemia de Covid-19 e os impactos econômicos, a atitude dos bancos em reter o crédito e dificultar o contato, está gerando descontentamento por grande parte da carteira de clientes.
De acordo com o economista Lucas Rocco, as instituições financeiras trabalham no mesmo formato. "É inerente a ativdade bancária. Quando o risco sobe, o banqueiro pisa no freio. Tira o dinheiro da praça e sobe o juro", explicou Rocco. Uma das alternativas apresentadas foi o aumento do limite do cartão de crédito e do cheque especial. De acordo com o economista, estas medidas são mínimas ou até podem piorar a situação do cliente.
Os bancos investiram propagandas, se comprometeram em ajudar, anunciaram medidas de combate ao Covid-19, como doação de EPIs. Mas, na hora de negociar dentro da agência, a situação é outra. "A gente sabia que na linha de frente eles vinham com essa postura, que é de certa forma compreensível. Agora, quando você liga a televisão e vê eles falando que estão ajudando, que estão dispostos, não é bem assim", questionou o economista. "O cliente do banco está sem faturamento, pagando um dos juros mais altos do mundo", emendou.
De acordo com o economista, quem sofre é quem está na ponta, o pequeno empresário. "A Magazine Luiza tinha bilhão no caixa e pegou mais dinheiro para reforçar. Então, esses não tem porque se preocupar tanto", comentou.