A pandemia do novo coronavírus que fez muitos estabelecimentos fecharem as portas para evitar aglomeração de pessoas na busca pela diminuição da propagação do vírus faz muitos empreendedores se reinventarem para evitar prejuízos ainda maiores.
Um exemplo é o que faz o empresário da Fábrica da Costela, Guilherme Fermo, que nunca havia trabalhado com serviço de delivery, iniciando agora e antecipando um plano que estava previsto para o futuro. “Vimos que era o futuro. As pessoas estão em casa em frente do celular, fazem o pedido por ali, continuam no Instagram, ouvindo o rádio por ali”, comentou em entrevista à programação especial da Som Maior neste sábado, 18.
Ele salientou ainda que as entregas estão dando certo, porém os valores não suprem os atendimentos presenciais. “Temos as contas fixas. Não temos um prognóstico de que dia vai recomeçar as atividades o que tem gerado insegurança nos restaurantes, no pessoal das academias. Não sabemos como vão ser os próximos dias. As contas não fecham”, destacou.
Ele contou ainda que através do serviço delivery oferece tudo que vende com a churrascaria aberta. “Todos os acompanhamentos. Tudo continua igual, fizemos como o cliente quiser. No ano passado vínhamos tentando nos adaptar neste sentido, mas nos preocupamos com a qualidade. Em como a carne é servida aqui e a qualidade que ela chega na casa do cliente. Já passou pela cabeça entregar a carne in natura para fazer em casa, mas muitas pessoas preferem ela pronta. Estamos recebendo muitos elogios”, afirmou.
Os empresários da Capital da Gastronomia Italiana também estão se adaptando ao novo momento. Em Nova Veneza, o serviço delivery está ganhando força e um exemplo é o Ristorante Veneza. “Assim que saiu o decreto, deixamos fechados porque achávamos que em 15 dias ia liberar. Assim que o decreto foi prolongado sentamos e vimos que era necessário manter a estrutura. Agora estamos com duas semanas fazendo com tele entrega e tele busca aqui no nosso restaurante. Entregamos no balcão e alguns pedidos em Criciúma também. Como são 20 a 30 minutos de estrada, fizemos duas entregas por dia”, explicou a empresária, Luana Bortolotto.
Momento para revisão
Luana relatou que o Ristorante Veneza trabalha com três produtos para entrega. “Entrega por quilo em Criciúma e com busca em Nova Veneza, montamos o pedido de acordo com a necessidade do cliente. Massas caseiras. Criamos a embalagem, o rótulo e entregamos e temos ainda as marmitas executivas. Alguns clientes já sugerem que continuamos isso. Estamos felizes e é uma grande oportunidade para nós”, disse.
O empresário da Blend Bryggeri, Rubens Angelotti, o Rubão, revelou que também teve que se adaptar à pandemia. “Ficamos um mês sem vender nada. Aproveitamos este momento e realizamos um processo de limpeza na fábrica, processo operacional, três semanas dedicadas a isso. Sem abrir as portas e sem vender nada”, relatou.
A cervejaria voltou a abrir na última quinta-feira para entrega de chopp no balcão. “Isso não vai nos salvar e não vai fazer a máquina girar, mas abrimos as portas abertas com ânimo elevado, revimos várias coisas. Estamos felizes em saber que quando isso acabar o nosso processo vai funcionar ainda melhor”, completou.