Mais de meio milhão de pessoas acompanham de perto em Brasília, na primeira tarde de 2019, a posse do presidente da República. Jair Bolsonaro (PSL) prestou o juramento perante ao Congresso Nacional, a exemplo de seu vice, Hamilton Mourão (PRTB).
Em breve e agudo discurso perante aos congressistas e convidados, Bolsonaro prometeu se empenhar na "missão de restaurar e reerguer o Brasil". Ele afirmou que trabalhará para "liberar o país do jugo da corrupção, da irresponsabilidade e da submissão ideológica. Temos diante de nós uma oportunidade única de reconstruir o nosso país e registrar a esperança dos nossos compatriotas".
Disse estar certo de que enfrentará enormes desafios. "Mas se tivermos a sabedoria de ouvir a voz do povo... levaremos as futuras gerações a seguir nessa tarefa gloriosa". Bolsonaro realçou no seu discurso que pretende "unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser livre das amarras ideológicas".
Destacou, ainda, a intenção de um governo voltado à federação. "De Brasília para o Brasil, do poder central para os estados e municípios". Agradeceu os cuidados que recebeu quando do atentado sofrido em Minas Gerais durante a campanha. "Uma campanha eleitoral tornou-se um momento cívico forte, indestrutível. Nada aconteceria sem o esforço e engajamento dos brasileiros".
Enfatizou que fará um governo "sem discriminação ou divisão. Nos pautaremos pela vontade soberana dos brasileiros que querem boas escolas para preparar para o mercado de trabalho e não para a militância política". Pautou, ainda, a austeridade nas contas públicas. "Confiança de que o governo não gastará mais do que arrecada". E citou a economia, ao afirmar que "realizaremos reformas estruturantes que serão essenciais para a sustentabilidade das contas públicas, transformando o cenário econômico e abrindo novas oportunidades".
Após o ato no Congresso, Bolsonaro vai à transmissão do cargo com o agora ex-presidente Michel Temer (MDB).