A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente no funcionamento de diversos segmentos industriais do Brasil e do mundo. Algumas indústrias foram mais afetadas do que outras. O retorno gradual das atividades está previsto para acontecer no segundo semestre, com algumas diferenças entre os segmentos de trabalho, mas com foco ainda nos cuidados por parte dos trabalhadores.
Diretor-executivo da Cerâmica Elizabeth, Manfredo Gouvêa Júnior destaca que a retomada deve acontecer, mas com muito cuidado devido a situação ainda preocupante. “Em primeiro momento, temos que guardar a segurança dos trabalhadores que vão estar presentes na fábrica. Temos regiões que estão com uma força da epidemia maior do que outras, e isso vai mudar com o tempo, precisando de toda uma leitura”, disse.
Com três grandes linhas de produção em Criciúma, a Elizabeth irá retomar com 40% de sua produção no dia 15 de maio, ainda com muitas ressalvas e monitorando o mercado. A retomada total, no entanto, ainda é difícil de se prever. “É difícil falar em prazos agora. Temos que voltar com as atividades monitorando e não ter que parar de novo, fazendo a nossa parte para que a economia possa, de fato, reagir”, pontuou.
Já a Librelato seguiu trabalhando com 50% de sua capacidade durante todo o mês de abril e, agora, já opera à 80%. Apesar da diminuição do funcionamento, a empresa contou com um destaque positivo em relação ao crescimento do agronegócio no país. “Temos o privilégio que rege bastante o nosso negócio que é o agronegócio. Ainda hoje saiu a notícia de que a exportação de soja do mês passado foi de 16,3 bilhões de toneladas. Maior do que às 9,4 bilhões de toneladas do mesmo período no ano passado”, disse o CEO da empresa, José Carlos Spricigo.
A empresa segue com o objetivo de não realizar demissões e nem suspensões durante este período de pandemia, acreditando que o desemprego seria extremamente prejudicial para a retomada da economia. Spricigo projeta um segundo semestre mais positivo para a indústria e o comércio.
“A crise económica deve passar e, tão logo, tenhamos o retorno das atividades. Quanto melhor for o tempo de uma volta a normalidade talvez sairemos disso com mais normalidade. A crise política, essa sim, é um desafio que não deveria estar na pauta agora”, diz o CEO.