O governo do Estado mantém silêncio sobre o retorno do transporte coletivo em Santa Catarina. O decreto que suspende a circulação dos ônibus de passageiros é válido até a quinta-feira, 30, e não houve nenhuma sinalização se será ou não prorrogado. Na coletiva concedida na última terça, Carlos Moisés (PSL) não abordou o assunto.
O presidente do Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros do Estado de Santa Catarina (Setpesc) Sandoval Caramori, afirmou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta quarta, que o setor não obteve resposta do Estado se poderá voltar às atividades. Porém, está pronto se for dado o aval.
"É um processo muito complicado. Estamos colaborando com o governo, torcendo para que essa pandemia acabe logo. Vai deixar um rastro de muita tristeza, mas estamos impotentes a qualquer atitude. Dependemos do Estado, tem que nos dar a diretrizes. Esperamos o retorno ao trabalho, mesmo que seja menor do que operávamos, com menos horários e ônibus", disse Sandoval.
As empresas alegam preocupação com a falta de arrecadação, desde o dia 17 de março com as atividades suspensas, e pedem, ao menos, um prazo de retorno para poder se programar.
"É o segundo mês sem trabalhar, há preocupação por salário e produtividade das empresas, sem arrecadação nenhuma. Uma grande preocupação de não ter contato de apoio de entidades ou do governo para saber o que nós vamos fazer. Sem data de início, complica bastante para passar para as pessoas", aponta Sandoval.
Movimento na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) pode forçar o governo a decretar o retorno dos transportes. No entanto, o presidente do Sindicato afirmou que não teve respostas também sobre o que teria sido definido por deputados em reunião na terça-feira.
O contato do Setpesc sobre os decretos, de acordo com Sandoval, era com o secretário de Infraestrutura, Thiago Vieira. O setor espera consegui uma reunião com o governo para tratar sobre o tema.
"Todos os empresários estão no aguardo. Não temos informação do governo, nem contatos. Estamos no aguardo de uma reunião hoje ou amanhã. Motoristas e colaboradores estão todos em casa, em total paralisação das empresas", finaliza Sandoval.