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ENGIE aprova Programa de Demissão Voluntária em acordo com sindicatos

Jorge Lacerda será afetada; Quantitativo de empregados que irão aderir ao PDV ainda não foi acordado

Por Paulo Monteiro Capivari de Baixo - SC, 12/06/2021 - 09:47 Atualizado em 12/06/2021 - 09:55
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Responsável pela administração da Usina Termelétrica Jorge Lacerda, a ENGIE Brasil Energia aprovou nesta sexta-feira, 1, um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para colaboradores da Sede da Companhia e das usinas em operação. O plano foi tratado em uma assembleia, que contou também com a presença de trabalhadores.

Em nota emitida, a ENGIE destacou que o PDV irá proporcionar um “planejamento de sucessão e transição de carreira de maneira harmônica para aqueles que estiverem interessados em aderir ao programa”. Não apenas a Jorge Lacerda deverá ser afetada, como também as outras usinas administradas pela companhia.

A ENGIE nega que o plano aprovado tenha relação com o processo de descarbonização pretendido pela companhia no Brasil, que envolve, entre outras ações, a venda ou desativação da Jorge Lacerda. Ainda sim, trabalhadores acreditam que a atitude corrobora para que a companhia se afaste da administração da Termelétrica.

“Sem dúvidas, um Plano Voluntário de Demissão facilita as duas questões: tanto a venda, porque aí você terá uma diminuição na folha de pagamento, porque normalmente saem os empregados mais velhos com remuneração mais alta; quanto o descontinuamento e desmonte das usinas. É uma das nossas preocupações”, destacou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia Elétrica do Sul de Santa Catarina (Sintresc), Luiz Antônio Barbosa.

Somente na Jorge Lacerda, aproximadamente 320 trabalhadores teriam condição de aderir ao plano de demissão. Cerca de 60, inclusive, participaram da assembleia realizada nesta sexta-feira.

Segundo Barbosa, o próximo passo é referente à assinatura do acordo, seguido da abertura do processo de adesão. Somente após essas duas etapas é que deverá ser divulgado o quantitativo de empregados que irão aderir ao plano.

“Ainda estamos apostando no otimismo, de que aconteça a venda da Jorge Lacerda, porque temos muito claro que a ENGIE não ficará mais com o Complexo”, declarou Barbosa.

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