O pavilhão da antiga Cecrisa, um marco histórico da indústria cerâmica de Criciúma a partir dos anos 70, deve retomar o papel de propulsor da economia da cidade. Ao menos esse é o plano do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), para o imóvel de 60 mil metros quadrados situado em uma área nobre do município.
A estratégia é abrigar naquele espaço empresas de alto valor agregado, capazes de gerar empregos de alta remuneração. Para isso, o município buscou o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que deve apresentar um plano de utilização do imóvel. Para isso, um convênio será firmado com a entidade.
“Não é intenção do governo colocar qualquer empresa ali, mas é intenção colocar empresas de alto valor agregado, que representem muito mais para a economia”, frisou o prefeito.
Salvaro concedeu entrevista ao programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta quarta-feira (7). Ouça abaixo na íntegra (o texto continua a seguir):
“A Unesc vai inaugurar o Centro de Inovação agora em abril. Nós temos o Centro de Inovação da Satc, nós temos do Bairro da Juventude, temos da Abadeus. Então, o que nós queremos é algo muito maior, que essa área esteja conectada com esses centros de inovação, buscando alternativas para as empresas que nós temos na região”, detalhou.
O imóvel foi adquirido da Celesc por R$ 9,7 milhões, a serem pagos em 180 parcelas. O espaço estava em abandono, com mato alto e acúmulo de água parada, segundo o prefeito. A Câmara de Vereadores aprovou a compra no fim do ano passado. O local fica no bairro Nossa Senhora da Salete, entre as rodovias SC-443 e SC-445.
"A Fiesc vai desenvolver o projeto, entregar à Prefeitura, vai conversar com outros parceiros. Interessa para eles uma região forte, interessa para eles indústrias fortes", disse. "Eu acredito que, dentro de alguns anos, nós vamos ter um grupo empresarial muito forte na indústria de tecnologia aqui em Criciúma”, projetou Salvaro.