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Entidades se mobilizam no combate à violência contra a mulher

Garrafões de água mineral passarão a ter adesivo com o número 180 do Disque Denúncia

Por Francine Ferreira Florianópolis - SC, 30/01/2019 - 07:24

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Com a campanha “Diga não à violência contra a mulher, menos ódio mais amor”, a Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral (Acinam) passará a divulgar o número 180, do Disque Denúncia, nos garrafões de água mineral. O lançamento da ação acontece na tarde de hoje, em Florianópolis, com uma palestra da ativista Maria da Penha, que deu nome à lei de proteção às vítimas de violência doméstica e familiar.

De acordo com o presidente da Acinam, Tarciano Oliveira, a entidade quer ajudar a reduzir o total de casos de agressões, incentivando as denúncias. Com isso, mais de 1 milhão de adesivos com o número 180, da Central de Atendimento à Mulher, serão colados nos garrafões de 20 litros d’água exclusivos dos 14 associados em toda Santa Catarina.

O objetivo é evidenciar o telefone no próprio vasilhame, já que a grande maioria dos lares utiliza a embalagem de água mineral. Assim, a ação incentiva a realização da denúncia, não só quem sofre a agressão, como também um amigo ou vizinho que assista à violência. “Estamos engajados nesta causa tão importante e urgente. Queremos divulgar o 180 para ajudar a conscientizar a população catarinense e evitar que mais mortes e agressões aconteçam”, completa Oliveira.

Poder Judiciário mobiliza Legislativos no combate

Também buscando engajar ainda mais pessoas no enfrentamento da violência contra a mulher, por meio da conscientização, a juíza Eliza Maria Strapazzon, diretora do foro e titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Criciúma, realizou neste mês reuniões com representantes do Legislativo das cidades abrangidas pela comarca.

Nas oportunidades, a magistrada tem apresentado iniciativas relacionadas ao tema, como a criação de uma lei semelhante à já existente em Siderópolis, que instituiu uma semana de ações educacionais voltadas à conscientização e prevenção da violência doméstica. A ideia é que o assunto seja inserido nos projetos pedagógicos, nas escolas de ensino fundamental, séries finais e ensino médio, públicas e privadas.

Além disso, a juíza também destaca outra lei sideropolitana, que diz respeito a um dia em que empresas, órgãos e entidades usem a cor laranja, em alusão à violência contra a mulher, e realizem atividades que promovam esclarecimentos sobre o tema.

A violência doméstica em Santa Catarina 

Segundo relatório do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), divulgado em outubro de 2018, o Estado já registrava mais de 36 mil processos em andamento decorrentes de violência doméstica, violência doméstica contra a mulher e feminicídio. Foram concedidas, entre janeiro e outubro do ano passado, mais de 7,5 mil medidas protetivas, além das quase 14 mil que permanecem em andamento em Santa Catarina.

Por fim, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, apenas nos primeiros oito meses de 2018 foram registrados, contra mulheres: 62 feminicídios; 102 homicídios dolosos tentado; 2.155 estupros consumados; 403 estupros tentados; 12.607 lesões corporais dolosas; 15.844 ameaças; 326 calúnias; 1.184 danos; 931 difamações; e 5.734 injúrias.

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