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Desde o ano passado, a equipe feminina de handebol de Criciúma prepara-se para a disputa da Liga Nacional de Handebol. Por conta da pandemia, a competição foi cancelada em 2020, mas está confirmada para começar no dia 3 de setembro neste ano.
Será a primeira vez que o município terá uma equipe na mais importante competição de handebol do país. O time é formado em parceria da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma com a Unesc e está treinando desde fevereiro.
A cidade, inclusive, será a sede da etapa Sul da competição, divida inicialmente em regionais pelo país. Serão quatro equipes na primeira fase: Criciúma e São José, de Santa Catarina, e Sarandi e Maringá, do Paraná.
Todas estão automaticamente classificadas para a fase eliminatória contra as equipes da região Sudeste, prevista para o fim de outubro: o primeiro do Sul pega o quarto do Sudeste e assim por diante.
As quatro equipes que avançarem na segunda etapa fazem o hexagonal final, em São Paulo, com duas equipes vindas das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Em Criciúma, a competição terá três dias de duração: de 4 a 6 de setembro. Serão três partidas para cada equipe, realizadas no Ginásio Municipal Irmão Walmir Antônio Orsi, ainda com indefinição sobre a possibilidade da presença de público.
Na equipe de Criciúma, são 16 atletas - 10 da região e outras seis que vieram de fora, incluindo uma jogadora angolana que veio à cidade para estudar. As jogadoras recebem bolsa na Unesc e auxílio moradia e alimentação.
A atual equipe criciumense começou a ser formada em 2016, quando o projeto com a Camila Souza Mangili, atual presidente da Associação Criciumense de Handebol Feminino, vinculada à Fundação Municipal de Esportes (FME), e Lucas Custódio Rodriguez, auxiliar técnico e que comanda os treinamentos da equipe adulta, disputou competições por Balneário Rincão e por Treviso em 2017.
O bom desempenho fez iniciarem-se as conversas com o técnico da FME de Criciúma, Luís Carlos Vieira, para a equipe representar o município, berço da maioria das atletas que viam-se sem time para disputar competições adultas. "As meninas paravam ou iam para outras cidades. Teve esse movimento de ex-atletas para jogar pelo Rincão e a gente já incomodou um pouquinho nas competições daqui do Estado", relata Camila.
"Já estávamos com um time incomodando no Estado, fortalecendo chegaríamos nas cabeças. Começamos a participar em competições no Estado e ficar em terceiro lugar, em 2019 fomos vice-campeões de uma liga Sul-brasileira", completou a presidente.
O objetivo da equipe criciumense nesta primeira participação na Liga Nacional é chegar no hexagonal final. Se chegar entre as três primeiras colocadas, as atletas do time passam a receber bolsa nacional de atletas, entre R$ 900 e R$ 1,8 mil mensais.
Para o auxiliar-técnico Lucas Rodriguez, as amostras nesta espécie de pré-temporada foram positivas até o momento. "Montamos um time muito bom. Tivemos dois amistosos de nível nacional e fizemos bons jogos, os 60 minutos de igual para igual. Agora é colocar em prática o que fazemos nos treinamentos", analisou.
"A maioria das equipes não treinou, por causa da pandemia dispensaram as atletas. Nosso conjunto é bem forte, o entrosamento nos dá muita vantagem. Têm atletas que jogam juntas desde os 12 anos. Se conhecem muito e facilita bastante", concluiu.
