O deputado federal Jorginho Mello, esteve em Criciúma no último sábado (5) para coordenar o encontro regional do Partido da República (PR), onde concedeu entrevista ao jornalista Adelor Lessa.
Dentre outros assuntos, o deputado falou sobre Vicelar Preto, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em SC, que foi demitido na sexta-feira (4) como represália do Governo Federal, porque Mello votou a favor da abertura do processo contra Temer na Câmara dos deputados.
“Eu sinto pena do governo, o governo mostra que é pequeno. Isso é uma ofensa a engenharia brasileira. É um modesto engenheiro de carreira, superando dificuldades, concursado que não entrou pela janela. Eu lamento essa retaliação pequena, barata e não inteligente, mas esse é o preço”, afirmou Mello.
Mello falou ainda que avisou o PR com antecedência sobre sua decisão de votar contra o presidente Michel Temer e que manteve sua posição mesmo com a ponderação do partido.
“Eu tenho coerência em todos os meus votos. Entendo que nenhuma autoridade está acima da lei e tem que ser investigada. Votei de forma segura e tranquila. Eu aguento ficha, pode ter certeza, pode chover canivete aberto que posição é posição”, disse.
Contra a Reforma da Previdência
Mello disse que não tem medo de sofrer represálias do PR sobre ser contra a Reforma da Previdência. “O partido já sabe e respeita a minha posição. Para a fazer uma reforma primeiro ser feito o dever de casa, primeiro cobrar de quem não paga. Vamos cobrar tudo isso primeiro para depois saber se tem furo ou não, por que é muito fácil aumentar imposto”, esclareceu.
Sobre Michel Temer
Sobre o presidente Michel Temer, Mello classificou como um governo sem brilho, m governo sem entusiasmo e que faz de tudo para se sustentar. “Eu teria vergonha de exercer uma função pedindo clemencia toda hora e fazendo negócios para me manter. Acho que se você dirige alguma coisa tem que ser por prazer, tem que ter alegria, tem que ter felicidade e ser presidente do Brasil é uma grande honra, não é pra qualquer um”, declarou.