Convolado em falência nesta segunda-feira, 9, o processo de, até então, recuperação judicial da Carbonífera Criciúma deve se arrastar mais cerca de 20 anos. O prazo foi estipulado pela juíza Eliza Maria Strapazzon, responsável por este e outros processos semelhantes na comarca de Criciúma.
De acordo com a magistrada, tal expectativa se dá por conta da própria experiência em casos de falência. “Já estou à frente da [falência] da De Lucca há 10 anos, e já veio da época da [juíza] Gabriela Coral, com uns 12 ou anos. E levando em conta ainda a complexidade desse”, explica a juíza, que completou afirmando que uma previsão otimista seria o encerramento em 10 a 15 anos.
Quanto aos pagamentos de credores, esses serão realizados muito antes do prazo citado, mas ainda imprevisível. Entre os fatores que tornam tão complexo o processo estão os cerca de 1.000 processos em curso relacionados à Carbonífera, sendo cerca de 500 na justiça trabalhista, que devem ser resolvidos para que seja possível consolidar o quadro da empresa e, aí sim, iniciar os pagamentos.