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Falta de matérias primas causada pela pandemia preocupa setor produtivo

Desabastecimento e alta de preços vem atingindo materiais como aço e PVC

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 20/10/2020 - 10:38 Atualizado em 20/10/2020 - 10:41
Foto: Reprodução
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A pandemia do novo coronavírus vem gerando alguns reflexos preocupantes para o setor produtivo. A paralisação e a redução considerável de produção das indústrias ainda nas primeiras semanas de março vem se refletindo, agora, na falta de matérias primas e insumos como aço e madeira - tudo isso enquanto consumo começa a aumentar.

“Muitas empresas produtoras de matérias primas também fizeram seu desaquecimento na parte produtiva, e uma das que mais nos afetou foi a indústria de aço. Isso porque eles desligaram os seus auto fornos e, para ligar novamente, leva de 3 a 4 meses”, destacou o empresário do setor químico, CEO da Farben, Edmilson Zanatta. 

Desde junho vem aumentando o consumo de matérias primas. A indústria de tintas vem convivendo com um aumento de 35%. Isso, somado aos reflexos das paralisações e reduções dos primeiros meses de pandemia, vem fazendo com que as empresas tenham que utilizar as últimas peças de estoque para continuarem ativas. 

“Está acontecendo um aquecimento muito forte na indústria moveleira também, mas as contas de tinta estão diminuindo porque eles não estão conseguindo papelão para embalar os móveis, que são as chapas de MDF. Com isso, estão evitando comprar as tintas, o que resulta em uma redução para nós também”, disse Zanatta.

A falta de matérias primas é tida como “apavorante” pela empresária do setor de rótulos e etiquetas, Sandra Cardoso. A empresária afirma que qualquer produto, para estar na prateleira do supermercado, precisa de matérias primas para a aplicação de rótulos. “Estou tendo problemas em vários segmentos, em rótulos que aplico nos vidros de conserva, nos vinhedos, cervejarias, nos produtos de carnes, está faltando tudo”, pontuou.

Itens considerados por muitos como comuns, tais como papel, papelão, papel filme e alumínio seguem em falta. “Estamos apavorados, acho que a situação está tão grave que os fornecedores não tem nem resposta para dar”, disse Sandra.

Além do desabastecimento de materiais, a alta dos preços também contribui para a preocupação de empresários do setor produtivo. “A alta de preços no mercado interno também é balizada pelo dólar. Aço, resina plástica, PVC, tudo isso é balizado pelo dólar e muita coisa subiu acima do dólar, vemos que esta situação não é só local no Brasil, mas em lugares de todo o mundo”, ressaltou o CEO da Plasson, Franke Hobold.

Apesar de acreditar que o preço e abastecimento de aço volte a normalizar entre dezembro deste ano e janeiro de 2021, Frank afirma que ainda há muitos outros produtos que seguem sem resolução. “Há problema de abastecimento de PVC, por isso esta loucura de cobrar o dobro, assim como fio de cobre, fio elétrico e tudo que é de cobre”, afirmou.
 

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