O prefeito de Forquilhinha, Dimas Kammer (PP), retornou de Brasília e precisou contornar situação desconfortável ocasionada pela exoneração do secretário de Governo, José Ricardo Junkes, por memorando interno, na última terça-feira. A maneira como o processo foi conduzido é o que causou maior repercussão. O prefeito admitiu que a forma escolhida poderia ter sido outra e uma investigação interna será realizada para apurar o vazamento do documento.
Sobre os motivos que o levaram a exoneração, Dimas pediu para não entrar em detalhes, mas revelou que o secretário, que deveria ser o mais próximo do prefeito, não vinha mais correspondendo as suas expectativas tanto no âmbito pessoal como profissional. “O secretário de Governo precisa estar 100% com o prefeito, de corpo e alma, e isso não vinha mais acontecendo nos últimos meses”, salientou acrescentando que Jose Ricardo é um bom profissional.
O prefeito ainda acrescentou que o diálogo entre os dois estava mais raro e difícil. “Não foi a melhor forma, mas na segunda-feira conversamos apena um pouco. Ele também foi a Florianópolis receber uma ambulância que foi entregue pelo Governo Federal e eu queria resolver essa situação antes de ir a Brasília”, ponderou Dimas.
Felix fica na função
Neste primeiro momento, a função de secretário de Governo deverá ser acumulada pelo vice-prefeito Felix Hobold (PT). “Sempre tivemos essa parceria de governar a quatro mãos, então, nesse primeiro momento, fiz o convite para o Félix que deverá desempenhar essas atividades junto ao gabinete do prefeito, o que também irá refletir numa economia com um secretário a menos”, relatou o prefeito.
Reunião para “aparar as arestas”
Além de secretário de Governo, José Ricardo, é presidente do Partido Progressista, partido de Dimas. “Tudo certo dentro do PP não está, mas acredito que conversando vamos conseguiu aparar todas as arestas”, salienta Dimas.
Já está marcada para a próxima semana uma reunião com o executiva municipal para tratar do assunto. O prefeito ainda nega qualquer recha dentro do partido motivada pela prévia da eleição municipal de 2020. Quando questionado mais diretamente sobre o grupo de Lei Alexandre, que conta com José Ricardo e Diego Passarela, o prefeito enfatiza que não há nenhuma relação.
Diego Passarela está secretário de Saúde até o próximo dia 6. Porém, a exoneração foi solicitada por ele mesmo. Para o prefeito, a decisão foi motivada por desentendimentos dentro da própria secretaria. “O Diego fez um excelente trabalho, quando veio com o ofício tentei reverter, mas ele estava com a decisão tomada”, contou.
Pesquisas irão respaldar decisão
Dimas Kammer nega qualquer possibilidade de deixar o PP, já sobre sua candidatura à reeleição ou não no próximo ano, coloca que dependerá do respaldo que irá receber. “Estou focado em fazer um bom mandato. Depois, no ano que vem, se tiver o respaldo do partido e principalmente da população, que poderá ser medido através de pesquisas, serei candidato. Se não tiver esse respaldo não tenho o menor problema em retirar o meu nome”, garante.