Mesmo com a chegada do coronavírus a Santa Catarina, o Campeonato Catarinense prossegue normalmente. Foi o que garantiu o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti, em entrevista à Rádio Som Maior na manhã desta sexta-feira, 13. "Estamos aguardando determinações das autoridades da saúde, no momento não há nada para se assustar", afirmou. A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, nesta quinta-feira, 12, que há dois casos confirmados de coronavírus em Florianópolis, um homem de 34 anos vindo dos Estados Unidos e uma mulher de 28 anos que veio a passeio da Holanda.
"A CBF está em contato direto com o Ministério da Saúde, e não veio qualquer orientação federal por enquanto sobre fechar portões ou suspender jogos", observou Angelotti. Com a rodada do Campeonato Catarinense confirmada, os clubes podem vender ingressos e receber público normalmente. "Se vier alguma manifestação do ministério, do estado ou de alguma prefeitura, vamos respeitar", acrescentou. O Criciúma enfrentará o Joinville, fora de casa, às 16h de domingo. Trata-se da última rodada da primeira fase do Estadual.
Mas o presidente não descarta a hipótese de mudança do cenário. "Pode sim vir alguma orientação para portões fechados por exemplo", destacou. As federações de futebol de Goiás e São Paulo já anunciaram rodadas com portões fechados, enquanto a Federação do Rio Grande do Norte deixou uma recomendação aos clubes para jogos sem torcida. "Aqui os nossos clubes estão nos procurando, pedindo informações atualizadas, e repassamos a orientação de que aguardamos a determinação federal e estadual", detalhou.
O presidente entende que os estádios, por serem ambientes abertos, não representam tantos riscos. "As igrejas, por exemplo, seguem normalmente suas atividades com cultos com muita gente. Cada um tem que cuidar de si, fazer a sua higiene, e se alguém quiser comprar máscaras e ir para o jogo, tudo bem, como é muito comum na China, no Japão", comentou Angelotti.
Até o momento, o Governo do Estado não procurou a FCF. "Não, nós que estamos monitorando", completou, Questionado a respeito nesta quinta-feira, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, afirmou que ainda não vê necessidade de suspensão de jogos ou de acesso de público. "Mas estamos monitorando essa necessidade", arrematou.