Após mais de dois meses em frente ao 28° Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) em Criciúma, manifestantes desfazem o acampamento e deixam o local. Se desde novembro pessoas viviam ali, às margens da Rodovia Luiz Rosso, o cenário visto por quem passa, agora, é de desabitação. Restaram apenas poucos itens que foram deixados para trás, como a bandeira do Brasil hasteada e uma churrasqueira.
As tendas que estavam montadas no local foram desfeitas dois dias após a invasão e depredação às sedes dos Três Poderes, em Brasília/DF. Manifestantes quebraram vidros, atearam fogo em objetos e estragaram itens históricos brasileiros nesses locais. Os atos antidemocráticos fizeram com que o presidente da República instituísse intervenção da segurança pública no Distrito Federal.
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Não há mais pessoas manifestando no local. Veja:
Mnistro determinou a desocupação
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a desocupação dos manifestantes em frente aos quartéis de todo o Brasil. O ato, segundo o texto, deveria ser realizado pela Polícia Militar (PM) dos estados. Em Criciúma, as últimas pessoas protestando no 28° GAC foram vistas na segunda-feira (9).
Em 30 de outubro, tão logo a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo de presidente do Brasil foi confirmada, as manifestações em rodovias daqueles contrários ao resultado, tiveram início. Dias depois, pressionados a liberarem o tráfego, os cidadãos migraram para a frente dos quartéis e, pelo menos até o início da semana, permaneceram.
Desmobilização no estado
Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, esteve na reunião promovida pelo presidente após o crítico episódio em Brasília. A principal mensagem durante o encontro, segundo o chefe do Executivo Estadual, foi a necessidade de desmobilizar, em todos os estados, atos que possam gerar novos episódios de violência.