Mais de um ano e quatro meses depois, o futebol brasileiro voltará a receber uma partida com público. Será nas oitavas de final da Copa Libertadores da América e envolve o clube mais popular do país: o Flamengo recebe o Defensa y Justicia, da Argentina, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
O clube carioca articulou junto ao governo do Distrito Federal a liberação de 25% do público nos estádios em território distrital. O aval governamental veio na última quinta-feira, com regramentos anunciados pelo chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha. No dia 11, a Conmebol liberou o público nas partidas das competições sul-americanas.
Assim, o Flamengo, que um dia antes do decreto distrital havia transferido o jogo de volta pelas oitavas de final da Copa Libertadores do Maracanã para o Mané Garrincha, terá a presença de até 18 mil torcedores no jogo desta quarta-feira, 21, às 21h30, contra os argentinos.
Desde 15 de março de 2020 não há jogos abertos ao público por meio de compra de ingressos em território brasileiro. As últimas partidas com torcida foram disputadas em Santa Catarina, na última rodada da primeira fase do Catarinense, e também no Campeonato Paulista.
Devido aos regramentos do Distrito Federal, está liberada 25% da lotação do Mané Garrincha e as vendas são feitas exclusivamente online, com retirada definida pelo Flamengo em locais em Brasília e também no Rio de Janeiro para evitar filas.
Inicialmente, o governo distrital havia imposto a necessidade de imunização completa contra a Covid-19 e apresentação de exame PCR negativo realizado até 48 horas antes da partida; no entanto, na sexta-feira, flexibilizou: apenas uma das condições é necessária para entrar no estádio. No entanto, o público restringe-se a maiores de 18 anos e grávidas não poderão acessar.
O preço mais barato ofertado pelo Flamengo é de R$ 140 e o máximo de R$ 500. Segundo informações do Portal Uol, até o momento, apenas 5 mil ingressos, de 18 mil, foram comercializados.
Nesse período de um ano e quatro meses sem presença de públicos nos estádios, houve duas exceções: na final da Copa Libertadores, com 5 mil pessoas, e da Copa América, com 4,4 mil; ambas, no entanto, foram apenas com convites dos clubes e da Conmebol, sem a venda de ingressos.