Com o intuito de prevenção, auxílio e suporte a pacientes e seus familiares, o município de Forquilhinha implanta a Rede Feminina de Combate ao Câncer. A iniciativa surgiu após conhecer a luta da paciente Sara Grossmann dos Santos, moradora do município.
“Fiquei impactada. Esperava encontrar uma mulher fragilizada e encontrei uma muralha na minha frente. Conhecendo a história da Sara fomos a Casa Rosa em Içara e é um trabalho muito lindo. Resolvemos implantar em nosso município”, pontuou a primeira-dama, Cléu Cavassini.
A parte psicológica para pacientes e familiares de pacientes com câncer é uma das mais importantes. “Após um câncer de mama, por exemplo, a mulher se vê profundamente desorientada quanto a sua identidade de mulher, mãe e algumas vezes abandona pelo companheiro e precisam de ajuda. Com sua integridade física agredida, graves transtornos psicológicos de desadaptação, que são vivenciados como verdadeiros lutos, podem acontecer”, revelou a primeira-dama, Cléu Cavassini.
Considerando todos esses transtornos que ocorrem na vida de uma mulher afetada pelo câncer de mama, surgiu a ideia de criar o Grupo de Apoio. “Como assistente social conheço a realidade das comunidades e conheci a Sara e suas demandas, e ela está nessa caminhada. Percebi que no município faltavam políticas destinadas para o câncer de mama. A intenção é contar com um espaço onde a mulher que passou por um câncer de mama poderá readquirir sua autoconfiança e reaprender, através da troca e da busca de novas experiências, a exercer todo seu potencial físico, psicológico e social”, apontou o assistente social, Sérgio Vitório.
Pilares
De acordo com a enfermeira Bárbara Fabris, a Rede Feminina vai trabalhar com três pilares: social, assistencial e educacional, num local muito acolhedor e que elas se sintam em casa. “Muitas mulheres acabam não se conhecendo e não sabem que é um nódulo, o que é o câncer de mama? Então, a Rede Feminina faz a parte educacional para que as mulheres se conheçam. Também é desenvolvida a parte assistencial, através do autoexame de mama, onde a enfermeira faz o exame e encaminha para mamografia e a coleta de preventivo. Além da parte social voltada a toda a sociedade de Forquilhinha”, comentou.
A enfermeira também pontuou que serão feitas parcerias para terapias alternativas como a auriculoterapia e outras técnicas.
Voluntárias
Enfim, o Grupo de Apoio será uma fonte de reflexão, troca e crescimento individual. “Nós estamos buscando um local para a instalação da Rede no município. A presidente da rede estadual, Maria Círia Aragão Zunino virá ao município para orientar e treinar as voluntárias, responsáveis pelo engajamento e o crescimento dessa rede. Estamos contando com a participação de mulheres que queiram e tenham vontade de estarem inseridas no projeto”, finalizou Cléu Cavassini.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer foi criada em 6 de maio de 1961, por Ina Tavares, em Florianópolis.