Forquilhinha é um município que ostenta o título de cidade mais alemã do sul do estado, possui agricultura forte, economia em crescimento, se tornando uma cidade promissora desde a sua emancipação. Mas essas características não são as únicas capazes de provocar nos moradores de Forquilhinha um sentimento de orgulho. O esporte também tem provado que pode levar alegria aos forquilhinhenses.
É ali, naquela terra onde moram aproximadamente 26 mil habitantes, que o vôlei tem ganhado destaque no cenário esportivo da região, de Santa Catarina e até do país. Durante a semana 160 meninas treinam no projeto que leva o nome de Associação dos Pais e Amigos do Volêi (Apav).
A escolinha treina atletas dos nove aos 16 anos. Quem coordena a iniciativa é o técnico Jean Bonetti. Trabalhando com vôlei desde o início dos anos 90, em 2002 ele foi convidado para assumir o projeto, que acabou se tornando sua segunda casa. “Eu gosto muito disso aqui. Minha família e treinar essas meninas é o que me faz feliz”, garantiu.
Colecionando títulos
Bonetti tem motivos de sobre para se sentir orgulhado das suas meninas. No e-mail direcionado às notícias de esporte do jornal A Tribuna, é ele quem constantemente encaminha as conquistas dos times da Apav. “Mando quando a gente perde também”, brincou. “A ideia é divulgar a nossas atividades”.
E os números mostram como o projeto tem rendido frutos. Somente em 2017 foram 11 títulos. Na Liga de Vôlei de Santa Catarina, a equipe conquistou o primeiro lugar em todas as categorias que disputa, pré-iniciante (até 11 anos), iniciante (12 anos), pré-mirim (13 anos), mirim (14 anos), infantil (até 16 anos) e infanto-juvenil (até 18 anos). “Foi um momento único. Não tem nem como explicar uma vitória como essa. Além disso, somos pentacampeões do Troféu Eficiência, que é dado para as equipes com melhores desempenho no estadual”, lembrou o treinador.
Responsabilidade fora das quadras
Mas se engana quem pensa que para participar da escolinha é tarefa simples. Para continuar treinando, as atletas precisam apresentar ao técnico, constantemente, o boletim demonstrando o bom desempenho escolar.
“Mais do que promover o esporte, competir e formar atletas, nosso principal objetivo é fazer com que essas meninas sejam grandes cidadãs fora da quadra. Algumas têm problemas familiares, outras tem uma vida tranquila, mas todas aqui possuem a oportunidade de seguirem seus sonhos, seja no esporte ou fora dele”, contou Bonetti.