Mesmo com o comunicado dos supermercadistas de que não faltarão produtos e que não há necessidade para o corre-corre, as pessoas continuam lotando os estabelecimentos nesta quarta-feira, 18. A atitude fez o Fort Atacadista, de Criciúma, limitar a quantidade de alguns produtos por consumidor e também a entrada das pessoas. “A loja é grande, tem capacidade para bastante gente, mas há muitos idosos, crianças e queremos evitar a aglomeração”, diz o encarregado da frente de caixa da unidade do bairro Pinheirinho, Leonardo Alvin.
A princípio, a entrada de pessoas é permitida a cada meia hora. Dentro da unidade, corredores cheios e longas filas. Um dos que estava no local era o mecânico em refrigeração, Fábio Cristiano que, atendendo a recomendação de decreto do governador, Carlos Moisés da Silva, fechou as portas de seu estabelecimento e ficará em casa por sete dias. “Estou levando algo a mais devido a estes dias em casa, mas limitar a quantidade não me afetou”, fala. Entre os produtos que Cristiano colocou algumas unidades extras no carrinho estão arroz, feijão e ovo.
O proprietário de uma empresa de transporte, Reginaldo Gangeiro, cansou de esperar na fila do caixa e sentou ali mesmo, no corredor. “Faz meia hora que estou aqui e só andaram duas pessoas. Estou preparado para esperar mais duas horas”, conta.
A aquisição é para os sete dias da quarentena. “É preciso ter consciência e não levar nada a mais do que precisamos”, pontua.
Entre os produtos têm a quantidade limitada estão arroz, leite, óleo e trigo. Do setor de prevenção do Fort Atacadista, Valdir Voltri reforça que não é preciso correr aos supermercados. “Não vão acabar os produtos. O estoque é grande e tem o suficiente para todos”, afirma.
Sem álcool gel
O único produto em falta em todos os supermercados visitados pelo 4oito é o álcool gel. Em uma farmácia, há apenas vidros com 30 ml, sendo vendidos a R$ 18. Ainda no local, cerca de 120 frascos foram vendidos em menos de 40 minutos nessa terça-feira, 17.
No Bistek da Avenida Centenário, um recado deixa claro: “Não temos álcool”. O movimento na unidade também é intenso, mas uma cliente declarou ter passado rápido pelo caixa. As filas e a quantidade de pessoas nos corredores também é grande.
Lojas sem atendimento
No Giassi da Santa Bárbara, a escada rolante para o terceiro piso, onde está a praça de alimentação já estava desligada na tarde desta quarta-feira, 18, onde os diversos estabelecimentos estão fechados. Nos outros andares, apenas a lotérica ainda estava atendendo e o pet shop, porém com restrições: um recado na porta alerta que somente o serviço veterinário e venda de produtos essenciais aos animais permanecem e que o atendimento será feito apenas a duas pessoas por vez.
O vazio desses corredores se contrasta com o movimento intenso do interior do mercado. Muitos consumidores com seus carrinhos e cestas e muitos profissionais correndo para suprir a falta nas gôndolas. No momento em que a reportagem do 4oito esteve no local, algumas prateleiras estavam vazias, mas nenhum produto está sendo limitado até o momento.