Nesta quinta-feira, 13, a informação de que uma cidade do sul da China teria identificado coronavírus em uma asa de frango congelada importada de um frigorífico de Santa Catarina, trouxe preocupações ao país. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), José Antônio Ribas Júnior, ainda há muitas informações desencontradas por parte da China, e é improvável que a contaminação tenha acontecido aqui no estado.
“As informações ainda são imprecisas e superficiais, mas tenho certeza que serão aprofundadas em breve. Nossa relação com a china é relevante, é uma relação de confiança e importante para o Brasil, maior exportador de frango, tendo a China como maior cliente. Com certeza esclarecemos o episódio”, disse Ribas.
O presidente da Acav sustenta a ideia de que a contaminação do frango com Covid-19 não partiu de Santa Catarina com base em três pilares. O primeiro, diz respeito aos protocolos de segurança utilizados dentro da indústria brasileira para qualquer tipo de contaminação - não apenas para coronavírus. “Exportamos há mais de duas décadas para 150 países, e não se exporta para 150 países se não tivermos muita qualidade na produção. Não há episódio de contaminação no nosso currículo”, disse.
O segundo pilar citado por Ribas diz respeito ao fato de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tenha apresentado trabalhos de que não é possível que o vírus não se replica em carnes de frangos e suínos, mortos. “O animal abatido não replica se não estiver vivo”, pontuou.
Já o terceiro é referente ao fato de que o processo de embalagem e transporte até a China dura muitos dias, o que diminui a probabilidade de que uma contaminação acontecida aqui viria a se dar no outro lado do mundo. “O produto viajou por pelo menos 45 dias, com temperatura de -18ºC, por isso é improvável que chegou lá a contaminação”, ressaltou.
Ribas ainda afirma que as informações continuam muito tumultuadas, em que algumas dizem que a contaminação se deu nas embalagens e de que mais amostrar testaram negativo para a Covid-19. Para o presidente da Acav, a contaminação, se existente, deve ter se dado no transporte ao local.