A Ferrovia Tereza Cristina (FTC) está de aniversário. São 22 anos transportando carvão e containers. A frota conta com 11 locomotivas e 250 vagões. Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, o diretor-presidente, Benony Schmitz Filho falou sobre as operações realizadas, comentando sobre o transporte ferroviário no país e também a possibilidade na retomada de passageiros.
“Como as ferrovias são concessões federais, há um grande interesse para a retomada de investimentos, tem a ferrovia Norte-Sul e a ferrovia Leste-Oeste na Bahia. Tem grandes projetos na agenda do Governo. Em Santa Catarina temos projetos para a implantação de uma ferrovia que venha lá do Oeste até o litoral”, afirmou.
Segundo ele, cada ferrovia deve construir a sua estrutura e isso causa um desequilíbrio entre as concorrentes. “O Brasil precisa, porque o transporte rodoviário está soberbado, já tem uma quantidade de transporte muito grande, as rodovias estão praticamente saturadas e tem os danos ambientais e econômicos, o Brasil precisa buscar outras soluções”, comentou.
Transporte de alunos
Hoje a FTC transporta carvão para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e também alguns containers. Há algum tempo o prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon solicitou o transporte de alunos pela ferrovia, algo que foi testado e voltou a pauta, de acordo com o diretor-presidente, existe um interesse também do Governo de Criciúma.
“Nós chegamos a fazer um teste com os vagões do museu ferroviário e ele se mostrou bastante interessante para os usuários. Recentemente tivemos uma reunião em Içara e ele pediu para que retomássemos os projetos. Aqueles veículos não eram adequados, porque eram veículos que servem para passeios turísticos”, lembrou.
Por outro lado, esse tipo de transporte não é permitido para a FTC e seria preciso de adequar. “Porém, a ferrovia não tem autorização para o transporte de passageiros, talvez teremos que fazer uma parceria com algum grupo de transporte para que a gente possa fazer um consórcio ou uma parceria”, concluiu Benony Schmitz.
Confira a entrevista na íntegra: