Na hora de começar a investir em renda fixa, principalmente em Certificado de Depósito Bancário (CDB), é comum deparar-se com propagandas que destacam a proteção pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Mas, afinal, o que isso significa e por que é importante?
Na Dica de Bolso desta quarta-feira (17), Arthur Lessa detalha o FGC. Ouça o comentário completo:
O FGC atua como um seguro para investimentos em títulos bancários de renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs e LCAs (letra de crédito imobiliário e letra de crédito do agronegócio). Porém, é fundamental diferenciar esses investimentos dos títulos como debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliário) e CRAs (Certificados de Recebimento do Agronegócio), os quais direcionam os recursos para projetos imobiliários ou agronegócios, não para o banco em si.
Como funciona o FGC?
Ele é acionado caso o banco emissor do título venha a falir, garantindo assim a segurança do investimento, desde que algumas regras sejam respeitadas. Por exemplo, se um banco lançou um CDB de cinco anos com rendimento de 10% ao ano e quebra no terceiro ano, o investidor recebe o dinheiro do FGC, assim como todos os outros investidores.
Quais são essas regras?
O FGC garante até 250 mil reais por CPF, por instituição financeira, com um limite de R$ 1 milhão por CPF. Isso significa que se um investidor possui R$ 200 mil em um banco e R$ 200 mil em outro, terá um total garantido de R$ 400 mil. Porém, se tiver R$ 300 mil em um único banco, apenas R$ 250 mil estarão garantidos. É importante ressaltar que o limite máximo é de R$ 1 milhão, independentemente do número de instituições financeiras em que o investidor tenha aplicações.
No entanto, pode ocorrer de o montante do FGC não ser suficiente para cobrir todas as perdas, especialmente se o banco que quebrou for de grande porte. Nesse caso, é realizado um rateio entre os credores, onde cada um recebe na proporção da dívida total do banco.
É importante destacar que, embora o FGC seja uma ferramenta de segurança, é comum que seja utilizado com um viés mercadológico, como estratégia de marketing para promover a venda do produto. Por isso, é essencial não considerá-lo como único critério na hora de escolher um investimento.