Desde a segunda quinzena de julho, as ruas de Criciúma não contam com radares nem lombadas eletrônicas. Para quem vive o cotidiano da fiscalização, piorou e muito o trânsito na cidade. “Muito. Os motoristas estão cometendo muitas irregularidades”, avalia o gerente da Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT), Paulo Borges. Depois de várias idas e vindas, a solução chegou. Entraram em operação oficialmente à 0h desta quarta-feira os radares.
“A partir de agora, parou sobre a faixa de pedestres, furou o sinal, é multa”, anuncia o prefeito Clésio Salvaro. “E temos os radares OCR, que vão identificar carros irregulares, com documentos atrasados, denúncias de furtos e outros problemas”, emenda. “O objetivo não é multar por multar”, garante Salvaro. “O que queremos é a educação, o respeito às regras. O propósito é que todos andem com seus carros em dia”, afirma.
O diretor-proprietário da Focalle Engenharia Viária, José D’Agostini Neto, demonstrou alívio após o acordo celebrado com a Prefeitura na última segunda-feira, depois de semanas de impasse e disputas na Justiça. “Houve uma mudança de legislação, por isso esses problemas”, disse. “Não somos uma empresa aventureira. Viemos para fazer um grande trabalho, e Criciúma conta agora com o que há de melhor em tecnologia”, destaca.
Agora, as lombadas
A Justiça Federal determinou, na tarde de segunda-feira, que o Inmetro venha imediatamente a Criciúma para aferir as lombadas eletrônicas, os equipamentos que já estão instalados pela Focalle, mas ainda não podem controlar a velocidade nas vias da cidade. “Eles começam a aferir e já vão liberando uma a uma as lombadas”, informa o prefeito Salvaro.
A aferição começa hoje. “Os equipamentos não metrológicos já funcionam. Esses que medem a velocidade dependem do Inmetro, mas imaginamos que nos próximos dias estará tudo em ordem”, observa o diretor da DTT, Gustavo Medeiros. “Até o final de dezembro, tudo estará funcionando”, conclui.
A Procuradoria do Município havia, na semana passada, recomendado à Prefeitura que autorizasse a operação dos radares, depois das justificativas da Focalle. São 119 faixas e 12 radares em operação. O contrato entre Prefeitura e Focalle é de R$ 11 milhões por contrato de cinco anos.