Na linha do que a Secretaria de Estado da Saúde determinou, com uma série de regras a seguir, a prática de futebol em nível recreativo está liberada em Criciúma, a partir de um decreto divulgado nesta quinta-feira, 10, pelo Diário Oficial do Município. Essa determinação resulta da nova classificação de risco da região carbonífera, que passou do estágio gravíssimo para grave em relação à contaminação pelo novo coronavírus.
A lista de orientações é extensa, e resulta de uma portaria estadual do começo do mês. O Estado determinou que os atletas devem ter idade igual ou superior a 16 anos, e que os jogos só poderão ocorrer em dias alternados, por conta do risco potencial grave apontado para a região carbonífera. Nos dias das partidas, o local e as dependências do espaço onde se jogar deverão ter o número de frequentadores mínimo para a realização do jogo, e os participantes e demais presentes deverão usar máscaras, retirando apenas quando estiver jogando.
Os árbitros deverão usar máscaras e face shield durante os jogos, bem como apitos eletrônicos. As rodas de aquecimento e confraternizações estão proibidas antes e após as partidas, assim como o cumprimento físico inicial e final. Estão proibidas, também, a presença de acompanhantes dos jogadores, o uso de churrasqueiras para confraternizações e a utilização de coletes para identificar os times, bem como a ocupação de vestiários. As informações de prevenção à Covid-19 deverão estar fixadas em local acessível e as quadras contarão com agendamento por via eletrônica, para evitar filas e aglomerações.
Só com o nome na lista
Só terão acesso às quadras os cadastrados para o respectivo horário agendado, e com a devida aferição de temperatura por método digital por infravermelho. Quem apresentar mais de 37,5 graus será vetado de jogar. Se o participante, além desta temperatura elevada, tiver sintomas gripais, fica impedido de atuar e, também, deverá procurar assistência médica. O número de pessoas para jogar será controlado, e os nomes deverão constar em lista com números de documentos, endereço e telefones de contatos. Essa lista, segundo a orientação do Estado, destina-se à possível necessidade posterior de rastreamento.
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O protocolo determina, ainda, que o fluxo de entrada e saída das quadras deve ser controlado para evitar cruzamentos entre os times. O uso de sanitários e outras áreas comuns deve ser controlado, para evitar aglomerações. Cada participante precisará portar a sua toalha e garrafa de água com identificação. Os bebedouros, só com jato inclinado e uso de copo descartável. Álcool 70% deverá ser oferecido, e haverá intervalo de dez minutos entre as partidas para higienização das bolas e quadras. O responsável pelo espaço deverá pulverizar água sanitária com diluição de 250ml do produto em um litro de água, ou 200ml de alvejante para um litro de água.
Município fiscaliza
Na extensa lista de regras, ainda, a Secretaria de Saúde coloca a necessidade de higienização diária do ambiente com desinfetantes, a desinfecção com álcool 70% dos utensílios e superfícies, a manutenção dos sanitários, a ventilação de ambientes e o afastamento de pessoas dos grupos de risco. A fiscalização caberá à Vigilância Sanitária Municipal, com Vigilância Sanitária Regional e as foças de segurança pública. O descumprimento da portaria constitui infração sanitária passível de multa.