Os irmãos gêmeos, de 18 anos, indiciados pelo homicídio de Ubiratan de Jesus Franco de Castro, de 53 anos, registrado em novembro de 2018, em Criciúma, passarão por audiência de instrução e julgamento no próximo dia 23 de maio. A decisão é do juiz da 1ª Vara Criminal, Fabiano Antunes da Silva, e a sessão acontecerá no Fórum da Comarca de Criciúma, com início às 16h.
Ambos também já foram denunciados por um segundo caso de assassinado, registrado no dia 22 de outubro do ano passado, em Nova Veneza, que levou a óbito Talison Steckert, de 20 anos.
Em relação ao homicídio de Criciúma, a 13ª Promotoria de Justiça de Criciúma, do Ministério Público de Santa Catarina, ofereceu denúncia contra os dois por receptação, corrupção de menores e homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima.
No documento, a promotora Gabriela Cavalheiro Locks alegou que ambos compraram um automóvel GM Corsa que havia sido furtado no Bairro Cidade Mineira Nova e, juntamente com um adolescente de 14 anos, usaram o veículo para chegar até a casa da vítima, no Bairro Promorar Vila Vitória.
“Valendo-se do emprego de uma arma de fogo, mataram a vítima Ubiratan de Jesus Franco de Castro, desferindo contra ela pelo menos seis disparos de arma de fogo, que a atingiram na cabeça e no pescoço. [...] Após o que a dupla rapidamente embarcou no automóvel, tendo os três agentes, na sequência, empreendido imediata fuga”, completou.
Conforme a promotora, o homicídio foi praticado mediante recuso que dificultou a defesa da vítima, “uma vez que a conduta foi praticada de inopino, surpreendendo a vítima pela janela de sua residência, enquanto descansava no sofá, recebendo o primeiro disparo pelas costas”.
A partir de agora, aguarda-se que o juízo da 1ª Vara Criminal do município receba a denúncia para que a ação penal siga seus devidos trâmites. Como trata-se de um crime contra a vida, há possibilidade de o julgamento ir à júri popular.
Detidos desde novembro do ano passado no Presídio Santa Augusta, os irmãos confessaram a autoria do crime e alegaram terem sido motivados por vingança. Acontece que Ubiratan havia saído da prisão há nove meses, depois de cumprir cinco anos de pena em razão de uma condenação pelo crime de estupro de vulnerável, praticado em 2013 contra adolescentes que frequentavam uma Lan House de sua propriedade. Em interrogatório, os gêmeos alegaram que foram assediados pelo indivíduo naquela época e que, por esse motivo, decidiram assassiná-lo.