O Governo de Santa Catarina terá de ressarcir o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em US$ 896 mil após o governador Jorginho Mello decidir engavetar o projeto de construção de um complexo hospitalar em Florianópolis. No câmbio atual, o valor corresponde a R$ 4,6 milhões.
O montante é referente ao valor já investido pelo banco no desenvolvimento do projeto e da modelagem do funcionamento da estrutura, que seria viabilizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). O reembolso está previsto em contrato.
Diretor de desestatização e parcerias da Secretaria da Fazenda durante o Governo Moisés, quando o projeto foi gestado, Ramiro Zinder conta que o complexo hospitalar aumentaria em 77% o número de UTIs disponíveis, além de juntar em apenas um local os hospitais Nereu Ramos, Celso Ramos, Infantil Joana de Gusmão e a maternidade Carmela Dutra.
“Foram dois anos de estudo para chegar ao projeto e à modelagem finais. Passamos por consulta pública, audiência pública e análise prévia do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. O Complexo Hospitalar é a solução para a necessidade urgente de remoção do Hospital Celso Ramos do local atual, condenado pela ação do tempo. Quem perde com esta decisão é a Saúde de Santa Catarina”, afirma Zinder, que é especialista em PPPs.
Além de ressarcir o BID em R$ 4,6 milhões pela desistência, outros R$ 141 mil terão de ser pagos à Bolsa de São Paulo (B3), que estava reservada para o leilão da PPP no dia 7 de março de 2023.