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Greve dos ceramistas: empresas poderão começar a paralisar neste sábado, diz presidente

Setor conta com cerca de 5 mil trabalhadores em toda a região

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 18/02/2021 - 10:16 Atualizado em 18/02/2021 - 10:17
Foto: Divulgação
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Após terem rejeitado a proposta patronal em seis assembleias realizadas nesta quarta-feira, 17, os ceramistas de Criciúma e região aprovaram o início da greve do setor para sábado, dia 20. De acordo com o presidente do Sindicato dos Ceramistas de Criciúma e Região, Itaci de Sá, as empresas já poderão começar a paralisar neste fim de semana.

Segundo Itaci, a proposta das empresas retirava muitos direitos dos trabalhadores, e acabou sendo rejeitada por 590 votos a 262. A proposta, inclusive, trazia reduções no adicional noturno, horas extras e até mesmo o abono de férias.

“Temos hoje um adicional noturno de 30% para o pessoal que trabalha de noite, e querem abaixar para 20% para os novos admitidos. Temos 100% de hora extra nos feriados, querem baixar para 50% para os novos admitidos. Isso porque em um futuro muito próximo, serão demitidos aqueles que ganham mais, se querem reduzir para economizar, na medida que houverem demissões e o pessoal foi saindo só deixarão os novos, com os direitos que se foram”, disse o presidente do Sindicato.

Algumas cláusulas de ofício pré-aposentadoria também são questionadas pelas empresas, assim como o abono de férias, que atualmente é de R$ 1,2 mil para sócios e poderá ser reduzido para R$ 600, incluindo todos os trabalhadores. Já faz 30 anos que o Sindicato e a concessão patronal discutem os reajustes. Recentemente, as empresas optaram por buscar mediação no Tribunal Regional do Trabalho, algo que nunca antes havia sido feito.

O setor conta com aproximadamente 5 mil trabalhadores na região, abrangendo os municípios de Içara, Urussanga, Cocal do Sul, Criciúma e Forquilhinha. Deverão ser formadas algumas comissões de greve para análise de qual empresa será encaminhada primeiramente e, também, os turnos.

“Vamos mobilizar o movimento sindical da região, diretoria e trabalhadores e que se prepare para que a hora que o sindicato chegar na frente da fábrica, que cruze os braços e acabou, volte para casa e vá descansar”, afirmou.

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