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Haydn Lewis, o azarão de Barbados na Copa Davis (VÍDEO)

Tenista encantou o público pelo carisma, dançou em quadra e aproveitou cada minuto no Brasil

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 14/09/2019 - 19:07 Atualizado em 15/09/2019 - 00:46

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A Copa Davis chegou ao fim, mas vai ficar marcada na memória de muita gente. A torcida de Criciúma aproveitou os dois dias de evento e fez a festa; foram dois dias certamente inesquecíveis para os amantes de tênis da região. 

A Copa Davis também é feita de histórias. A história dos jogadores, dos países, dos torcedores. E quem gosta de histórias sabe: a melhor nunca é a mais evidente. Ao pegar o ranking dos jogadores, o time de Barbados chamava a atenção por Darian King, top 200 da ATP. Mas era o seu companheiro quem rendia a melhor narrativa: Haydn Lewis, de 33 anos, tem uma trajetória incrível no esporte; mais do que isso, tem um carisma que encantou e rendeu aplausos do público.

Se a Copa Davis ficou na memória do torcedor, ela jamais será esquecida por Lewis. Longe das competições da ATP - as principais do tênis profissional mundial - desde 2013, ele retornou ao tênis pensando em defender da melhor forma Barbados na Copa Davis. E fez valer cada minuto em solo brasileiro.

O tenista

Natural de Barbados, Haydn se profissionalizou cedo, como é comum no tênis. Em 2008, aos 22 anos, atingiu o seu auge no ranking da ATP, na longínqua posição de 583. Nada que salte aos olhos comuns. É preciso falar com o atleta para entender a trajetória de vida brilhante.

A carreira não ia bem e Haydn sentia-se infeliz no tênis. Então, em 2013, aos 27 anos,tomou a decisão de largar o esporte profissional. "Eu não era feliz. Eu tinha sempre aquela pressão por vitórias e isso não é nada divertido", revelou Lewis em coletiva na sede do Mampituba, após a etapa da Copa Davis. Mas a história dele no esporte não estava acabada. 

Professor de tênis

Sem atuar profissionalmente, Haydn não abandonou por completo o tênis. Ele trabalhou em clubes na Alemanha e jogou torneios locais; em Barbados, também deu aulas de tênis. "Eu precisava de um tempo para esfriar a cabeça e descobrir quem eu era como pessoa, como acontece com muitas pessoas nos seus 20 anos", relembra Lewis.

"Eu permaneci jogando a Copa Davis, porque eu amo defender o meu país. Eu amo jogar essa competição", destacou Lewis. Permanecer no circuito da Davis foi fácil para ele. "Estou hoje com uma mentalidade muito melhor. Eu não era feliz jogando, por isso parei. Agora eu percebo: eu amo o tênis e eu quero continuar jogando tênis", projeta.

Davis 2019

Lewis e King levaram dificuldades para Melo e Soares (Foto: Luís Candido / CBT)

Nesta etapa contra o Brasil, Haydn jogou duas partidas: perdeu no simples para Thiago Monteiro, por 2 a 0, e nas duplas para Marcelo Melo e Bruno Soares, também por 2 a 0. No entanto, a dificuldade levada à quadra para a dupla brasileira rendeu elogios a Haydn, inclusive de Marcelo Melo, que elogiou o voleio do rival. "Eu prefiro jogar duplas, mas gosto de jogar o simples também. É bom (o elogio), estar na rede é meu melhor golpe", concordou Haydn.

"Nas duplas tivemos dificuldades de nos adaptar ao jogo, especialmente ao saque do Marcelo, mas fomos ficando mais confortáveis, começamos a ler melhor o jogo. Decidimos confiar em nossas habilidades e no nosso jogo, sem olhar para o outro lado", avaliou Lewis.

"Eu quero jogar, tentar levar Barbados ao grupo mundial. É muito difícil jogar contra tenistas do nível de Marcelo e Bruno jogando poucos jogos por ano. Por isso quero voltar a jogar torneios, entrar de novo no circuito", projetou o tenista.

O dançarino

Mesmo sendo adversário, Lewis provocou um dos momentos de maior vibração na quadra do Mampituba. No penúltimo ponto da primeira partida, quando o jogo já estava praticamente perdido, Haydn conseguiu um belo winner na paralela contra Thiago Monteiro. A torcida aplaudiu. Haydn foi na onda e dançou no meio da quadra, arrancando muita vibração do torcedor.

Lewis aproveitou cada momento na quadra de Mampituba

"A esposa do meu primo é do Brasil, ela me ensinou a dançar. Para mim é diferente agora. Depois de ter parado de jogar profissional. eu decidi que queria voltar a jogar e ter oportunidades, percebi que na minha vida o mais importante é aproveitar o que estou fazendo. Antes era só sobre ganhar e eu não curtia. Agora tento sempre achar o lado positivo e me divertir", falou Lewis.

O tradutor da seleção de Barbados revelou: não foi a primeira vez que Haydn dançou em quadra. Já tinha acontecido em outra eliminatória da Copa Davis, contra a seleção chilena. Vale a procura pelo momento. Lewis é a grande figura da eliminatória regional da competição.

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