Foi condenado a 24 anos de reclusão do homem que foi denunciado pelo homicídio qualificado de um idoso de 67 anos. O Tribunal do Júri atendeu ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em sessão nesta terça-feira (29) e considerou o réu culpado por ter matado a vítima sem lhe dar chances de defesa e, ainda, por ter exposto outras pessoas a risco quando dirigiu alcoolizado em alta velocidade e atropelou o idoso em uma via movimentada.
O réu foi responsável pela morte do idoso, na avenida Santos Dumont, em Criciúma, em 16 de abril de 2016. Por volta das 4h30, o acusado voltava de uma festa quando atropelou e matou a vítima, que se dirigia, em uma motocicleta, para o trabalho. Conforme A sustentação do Promotor de Justiça Diego Henrique Siqueira Ferreira, o homem havia ingerido bebida alcoólica e fugiu do local do crime sem prestar socorro à vítima.
"A forma como o denunciado conduzia o veículo, sob influência de álcool, em altíssima velocidade e em avenida de grande circulação na região central da cidade, demonstra que o crime foi praticado utilizando-se de meio que resultou perigo comum a todos os residentes e transeuntes que se encontravam no trajeto percorrido pelo denunciado, e em especial aos caroneiros que estavam no carro no momento do acidente e que, por diversas vezes, pediram para que ele parasse", alegou o Promotor de Justiça.
Ainda conforme o Promotor, o crime foi praticado com recurso que tornou impossível a defesa da vítima, uma vez que o idoso foi surpreendido com a colisão do automóvel do réu em altíssima velocidade contra sua motocicleta, jamais podendo imaginar que um automóvel o atingiria naquelas circunstâncias: na parte traseira de sua motocicleta e após duas lombadas existentes no local.
Crime praticado durante prisão domiciliar
O réu cumpria pena por tráfico de drogas no Presídio Regional de Tubarão. Quatro meses antes do acidente, porém, ele passou a cumprir a pena em prisão domiciliar, quando se envolveu no homicídio. O réu estava em uma festa com outras quatro pessoas e, no retorno para casa, antes da colisão fatal, atingiu com seu carro outro veículo, na mesma avenida, e fugiu do local. Na sequência, pulou duas lombadas, perdendo o controle do veículo devido à velocidade, e bateu na traseira da moto da vítima. O idoso morreu no local, por um traumatismo craniano.
O vigilante de um cemitério próximo ao local do acidente foi quem presenciou o fato e acionou a polícia. Conforme a testemunha, ele e os outros quatro ocupantes do carro, logo após a colisão, fugiram a pé. Instantes depois, o réu chegou a voltar e tentar ligar o veículo, mas não conseguiu e fugiu novamente.