Um homem foi condenado a 44 anos e dois meses de prisão pelo Tribunal do Júri da Comarca de Forquilhinha, após investigação da Polícia Civil e denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele foi considerado culpado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
O crime ocorreu em outubro de 2021, quando a vítima, um homem, se desentendeu com o pai do réu durante uma conversa em um bar no bairro Cidade Alta. Em resposta, o pai mandou o filho matar a vítima.
O filho, então, foi até a casa da vítima, bateu na porta e a chamou. Quando o homem abriu a porta, o réu disparou dez vezes e o matou. Cinco tiros foram feitos com a vítima já caída ao chão. Ele também atirou contra a esposa da vítima, atingindo-a no ombro, mas não conseguiu consumar o segundo homicídio porque acabou a munição.
O crime foi cometido com três qualificadoras: uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, extrema crueldade ao continuar disparando mesmo com a vítima caída, e motivo fútil decorrente de uma discussão no bar. Segundo o Promotor de Justiça Cleber Lodetti de Oliveira, o réu sabia da motivação fútil do crime ordenado pelo pai.
A tentativa de homicídio contra a mulher também foi qualificada pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida com a chegada do homem e os disparos.
Além disso, o réu responderá por posse ilegal de arma de fogo. O pai do réu, mandante do crime, já havia sido condenado por homicídio a 18 anos e oito meses de prisão e está recolhido no Presídio Regional de Criciúma.