Os radares e as lombadas eletrônicas voltaram a funcionar em Criciúma no dia 5 de dezembro e, desde então, furar o sinal vermelho, parar em cima da faixa de pedestres ou andar acima do limite de velocidade nos pontos fiscalizados gera multa aos condutores. Para muitos motoristas, a circulação na cidade estava melhor sem os equipamentos, porém, os aparelhos foram postos nos locais por algum motivo.
Para o gerente de Operações de Trânsito da Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma, Washington Valmor Pereira, a segurança da população é a prioridade. “Todos os equipamentos que foram colocados para fiscalização vêm para proteção das pessoas. Eles não são fazedores de multas, só identificam aquelas pessoas que têm a irresponsabilidade e querem cometer os seus excessos que poderão gerar um acidente de trânsito e que o Município não quer. Os equipamentos têm esta finalidade”, explica.
O gerente comenta que as pessoas reclamam porque não querem uma fiscalização constante. “Mas elas acabam cometendo delitos onde não tem os fiscais, e um delito de trânsito é um passível gerador de acidentes. Como o Município não quer que aconteça acidentes, tem que coibir de alguma forma e é através da fiscalização, ou presencial ou por meio de equipamentos eletrônicos”, ressalta, afirmando que primeiro são feitos estudos para verificar onde é viável a instalação dos aparelhos.
Segundo Pereira, foram feitas análises como controle de tráfego, movimentação, fluxo constante e entrada de bairros. “Todos os equipamentos de trânsito de fiscalização do município de Criciúma tem o termo que é de estudo técnico por equipamento e localização, e tem também a legalização através de vistorias do Inmetro, além de pessoas capacitadas monitorando”, afirma.
O gerente ainda conta que teve casos de pessoas recorrendo contra as instalações. “Tivemos que apresentar os estudos por equipamento para legalidade e foi comprovado que a funcionalidade deles está dentro do que a legislação prevê”, destaca.
Processo de reeducação
Após cinco meses sem os equipamentos de fiscalização na cidade, havia um receio de que elevasse o número de multas por conta dos motoristas não estarem mais acostumados com os aparelhos. Mas Pereira afirma que isso não ocorreu. Para ele, a demora na liberação dos equipamentos ajudou com o processo de reeducação da população.
“Foi notório que após a instalação das sinalizações até o trâmite de liberação para efetivar a fiscalização houve um costume dos condutores ao ver os equipamentos achando que já estavam em funcionamento e começarem a respeitar. As pessoas tiveram mais tempo para se adaptar sem ser fiscalizada, quando começou a fiscalização efetiva já se tornou natural, as pessoas estavam passando pelos locais dentro do que é previsto, sem cometer infrações”, conta. Pereira afirma que a partir daí apenas infratores contumaz cometeram irregularidades.
Sistema OCR
Segundo o gerente, todos os equipamentos estão em funcionamento, inclusive o sistema de monitoramento eletrônico de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR). “São câmeras instaladas para fiscalização que identifica veículos com registro de furto e quando o licenciamento não está em dia. A gente consegue visualizar isto e é importante que as pessoas entendam que um veículo para estar em circulação precisa estar em condições legais”, salienta.