A inflação de agosto desacelerou para 0,11%, depois de registrar alta de 0,19% em julho. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo IBGE.
Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o resultado foi influenciado, principalmente, pela deflação nos grupos Alimentação e bebidas (-0,35%) e Transportes (-0,39%).
“Essa queda foi puxada pelos alimentos para consumo no domicílio, com destaque para o tomate, que caiu quase 25%, e para a batata-inglesa, que caiu mais de 9%. Além de alimentos e bebidas, teve queda também nos transportes, mais intensa do que do mês anterior. IO que puxou para baixo foram as passagens aéreas, que caíram mais de 15%”, comenta.
Já o grupo Habitação, que apresentou alta de 1,19%, foi o grupo que pressionou positivamente a inflação, influenciado pelo aumento de 3,85% na energia elétrica. Segundo o IBGE, isso ocorreu por conta da bandeira tarifária vermelha patamar 1, em agosto, que acrescenta às contas de luz uma cobrança de R$ 4 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
No mês, entre as 16 regiões onde o IBGE capta a inflação, sete tiveram deflação. Os preços em agosto ficaram menores em Vitória (-0,50%), Aracaju (-0,47%), São Luís (-0,31%), Campo Grande (-0,21), Belém (-0,20), Rio de Janeiro (-0,06) e Porto Alegre (-0,04%).