Após encerrar a última semana com queda de 2% na sexta-feira, o Ibovespa recuperou fechando com 2% de alta nesta segunda-feira, 29, na casa dos 95 mil pontos. A expectativa por uma recuperação econômica animou os investidores, principalmente com a divulgação de dados sobre a venda de imóveis nos Estados Unidos no mês de maio.
Segundo o economista Lucas Rocco, existia uma previsão no mercado financeiro para uma recuperação forte, mas ainda não é possível prever se isso irá se confirmar. "Um efeito chicote. Voltando com muita força depois da parada", comentou. "Outro fato também foi de um grupo farmacêutico chinês que informou que a vacina contra Covid-19 testada imunizou todas as pessoas que receberam a dose. Todas as 1.020 pessoas receberam anti-corpos", emendou.
A volatividade que vem ocorrendo no mercado financeiro nos últimos meses é sinal da incerteza e também pelas notícias contraditórias que influenciam os investidores, observou o economista. O principal ponto de preocupação internamente hoje é o endividamento do país no combate a pandemia. "Em maio foi gasto R$ 126 bilhões a mais do que foi arrecadado, é o pior desempenho desde 1997", avaliou. No mesmo período do ano passado, o endividamento foi de R$ 14 bilhões. "A conta vai ficar pesada para as próximas gerações", comentou.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira vendido a R$ 5,42, com queda de R$ 0,04.