O Ministério da Saúde, divulgou nesta quarta-feira (7), um comunicado aos estados com novas orientações acerca de duas importantes vacinas do calendário nacional. Segundo a nota, a partir deste mês de setembro, a oferta da vacina meningocócica ACWY será ampliada para adolescentes de 13 e 14 anos de idade. A medida ocorre de forma temporária até junho de 2023, estando essa vacina indicada então para meninos e meninas de 11 a 14 anos.
No caso do HPV, a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, está ampliando a faixa etária da vacinação contra a doença para o sexo masculino, com a inclusão da faixa de 9 e 10 anos de idade. Deste modo, se igualando a recomendação já em curso para as mulheres, que compreende a faixa etária de 9 a 14 anos.
"Pedimos a compreensão das famílias para que compareçam na unidade de saúde mais próxima para completar a vacinação nessas faixas etárias adicionadas ao calendário. Muitas famílias haviam atualizado a caderneta na campanha de multivacinação, mas essa recomendação é nova no que diz respeito a meninos de 9 e 10 anos para o HPV e de meninos e meninas de 13 e 14 anos para a ACWY. Agora precisamos chegar novamente a esses grupos", destaca a enfermeira da vigilância epidemiológica, Marilia Marcineiro.
Vale destacar que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente menor de 15 anos de idade, foi prorrogada até o dia 30 de setembro de 2022.
A importância da vacinação
A nota do ministério da saúde, traz ainda, destaques a respeito das duas doenças e a importância da vacinação para combate das mesmas. Segundo as informações, a faixa etária em maior risco de adoecimento para a doença meningocócica é a de crianças menores de um ano de idade, mas os adolescentes e jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença na comunidade, em decorrência de elevadas
taxas de estado de portador do meningococo em nasofaringe.
Nos adolescentes, as vacinas meningocócicas demonstram uma robusta resposta imune, garantindo assim, a proteção de significativa proporção desses adolescentes vacinados até a idade adulta, com diminuição dos coeficientes de incidência da doença em condições endêmicas.
Quanto ao Papilomavírus humano (HPV), o comunicado informa que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 630 milhões de homens e mulheres (1 a cada 10 pessoas) estão infectadas pelo HPV no mundo. Para o Brasil, estima-se que haja, aproximadamente, 9 a 10 milhões de infectados por este vírus e que, a cada ano, 700 mil casos novos da infecção surjam. Cerca de 105 milhões de pessoas são positivas para o HPV 16 ou 18 no mundo. É a mais frequente infecção sexualmente transmissível (IST) na mulher e no homem. A maioria das pessoas serão, provavelmente, infectadas por pelo menos um dos diversos tipos de HPV ao longo de sua vida.
A vacinação contra o HPV em adolescentes é utilizada por mais de 100 países em seus programas nacionais de vacinação e vários deles já possuem estudos de impacto desta estratégia com resultados positivos no que diz respeito a prevenção e redução das doenças ocasionadas pelo vírus HPV, como o câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe e verrugas genitais.