O Plano Diretor foi apresentado pelo Conselho Deliberativo do Criciúma Esporte Clube na noite desta terça-feira (11). Entre as novidades está a setorização do estádio Heriberto Hülse, o fechamento do fosso, projetos para ampliar a capacidade e um edifício-garagem no local onde fica o ginásio Colombo Salles.
Mas e o rebaixamento do campo? Em entrevista ao Som Maior Esportes, o arquiteto e um dos responsáveis pelo projeto, Jeferson Aléssio explicou porque essa opção não está nos planos.
“Qual seria a finalidade? Em uma situação você poderia tirar o campo, fazer dois subsolos de garagem, mas nós temos que obedecer uma inclinação da arquibancada do ponto de vista de todas as pessoas para verem o campo, se eu rebaixar, a inclinação da arquibancada que tem hoje, não iria funcionar, então eu teria que mexer nas arquibancadas”, explicou.
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Segundo Aléssio, em 1970, o arquiteto Fernando Carneiro projetou a primeira arquibancada do estádio com uma inclinação que chegava até o campo. No entanto, quando ele voltou da Copa do Mundo, percebeu que haviam feito mudanças na obra: a arquibancada havia sido elevada para acomodar a construção de um vestiário embaixo dela.
"Carneiro refez os cálculos e projetou uma nova viga com uma nova inclinação para a arquibancada, que é a que existe hoje. Se você caminhar por baixo do estádio, poderá ver tanto a viga original quanto a viga secundária", explicou Aléssio.
“Então assim, o rebaixamento do gramado teria que mudar toda a arquibancada que lá existe, por isso que essa opção não foi feita, a explicação é técnica”, disse o arquiteto. “Ele é um projeto que vai direcionar daqui para frente [Plano Diretor], então a ideia é tentar viabilizar isso que foi apresentado e leva tempo”, complementou.