A economia brasileira ainda é confusa para alguns dos habitantes do país. Quem acompanha o noticiário já deve ter se deparado com siglas como IGP-M, IPCA e INCC. Elas representam índices econômicos (ou de preços), que tem o objetivo de apresentar, de maneira objetiva, variações como inflação e produtividade.
O coordenador dos Índices de Preços da FGV (Fundação Getúlio Vargas), André Braz, frisa que o processo por trás dos índices é ainda mais trabalhoso. “Não é só um ‘númerozinho’, é um baita trabalho para a gente resumir tudo naquele número que faz parte da manchete do jornal”, ressalta.
Assista a entrevista completa com André Braz no programa 60 Minutos:
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A FGV não é uma instituição oficial, mas assumiu essa posição antes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ter sua estrutura para apuração de inflação. “Hoje, temos o IBGE como o instituto oficial, então, IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice oficial de inflação do nosso país”, explica o coordenador.
Por isso, a fundação serve como um apoio, medindo não só a inflação do consumidor, mas da indústria, agronegócio e construção civil. O IGP-M é calculado mensalmente pelo FGV, sendo um dos índices mais tradicionais, que mede a inflação desde os preços pagos no atacado até o valor pago pelo consumidor final, abrangendo a variação de preços de bens e serviços diversos.
“Dentro do IGP, temos o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que mede exclusivamente a inflação da família”, frisa Braz. “O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), também um componente do IGP, mede a inflação na indústria de construção de habitações residenciais. Ali, a gente vê o comportamento dos materiais, dos serviços e da mão de obra envolvida na construção de residências”, completa.