Indignação na porta da agência do INSS em Criciúma

Quem foi à agência do INSS na Rua São José na esperança de ser atendido, só viu a porta fechada mais uma vez. A situação gerou indignação entre os que estavam no local, no Centro de Criciúma, na manhã desta segunda-feira, 14.

Na agência, o guarda é quem atende e repassa um número para que as pessoas entrem em contato com um servidor que está em home office. É esse servidor que está designado para prestar os esclarecimentos necessários. Porém, alguns reclamavam que não conseguiam ligação pra o número indicado.

O atendimento presencial nas agências do INSS de todo o país está suspenso há cerca de seis meses devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na semana passada o Governo Federal divulgou que o serviço retomaria nesta segunda-feira, 14.

Precisando do INSS desde março

Uma das pessoas que saiu de casa e foi à agência é Luiz Carlos Ferreira, de 63 anos. Ele passou por uma cirurgia dos rins e está sem trabalhar desde março. “Estou até entrando em depressão. Estou esperando a perícia desde março e não tenho como pagar as contas. Ligo na segunda, mandam ligar na quarta, ligo na quarta, mandam ligar na sexta. Essa situação gera indignação na gente”, enfatiza o vigilante, acrescentando que, inclusive, entrou na Justiça.

Na porta da agência, segue fixado o cartaz com os dizeres “agência fechada!”. No dia 24 de agosto, reportagem do 4oito mostrava que o atendimento deveria retornar neste dia 14, já que o cartaz apontava fechamento até o dia 11 de setembro, ou seja, a última sexta-feira. A determinação anterior do INSS era de fechamento das agências até 21 de agosto. 

Uma mulher de 52 anos, que não quis se identificar, também saiu da agência indignada na manhã desta segunda-feira. Ela, que é confeiteira, precisou passar por uma cirurgia no braço, e aguarda pela perícia desde então. “Eu depende disso e precisa da perícia porque estou sem receber”, revela.

Ela diz ainda que buscou ajuda através do Auxílio Emergencia. de R$ 600, mas recebeu apenas uma parcela. “Cortaram e eu não sei porquê”, lamenta.