Divulgados na última semana pelo Ministério da Economia, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) confirmam a retomada no mercado de trabalho formal na Região Carbonífera, que acumula saldo positivo de 3.287 empregos entre janeiro e outubro. Embora outros setores tenham contribuído para esse aquecimento, a geração de novos postos de trabalho com carteira assinada foi puxada principalmente pela indústria.
“Os setores foram impactados de forma diversa pela pandemia e alguns também conseguiram se recuperar mais rápido que os outros. No entanto, é preciso destacar que a economia está reagindo como um todo e os números vêm melhorando gradativamente, em velocidade até maior do que era projetado”, declara o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.
Conforme os números, de cada três vagas abertas no acumulado do ano na região, duas vieram da indústria, que teve 1.940 contratações a mais que demissões no período. “Isso tem um impacto ainda maior se considerarmos que o setor industrial é o que mais emprega na região”, salienta Dagostin.
Ainda segundo o Caged, são 54.802 trabalhadores atuando diretamente na indústria, na soma dos 12 municípios. O maior contingente em números absolutos – 17.983 – está em Criciúma, enquanto proporcionalmente, o índice mais alto é registrado em Treviso, onde 77,26% do estoque de empregos formais são do setor industrial. Dos 133.813 postos de trabalho com carteira assinada na região, a indústria representa 40,95%.
Desempenho por setor
O saldo positivo de empregos na Amrec no acumulado do ano também contou com a contribuição dos setores de construção, com 779 admissões a mais que desligamentos; de serviços, com a abertura de 583 novas vagas; e da agricultura, com saldo positivo de 40 postos de trabalho formais. Apenas o comércio permanece com saldo negativo, com 55 empregos perdidos entre janeiro e outubro.
Estoque de empregos
Quanto ao estoque de empregos, os dados do Caged mostram que a Região Carbonífera tem 41.930 pessoas atuando no setor de serviços, considerando apenas aquelas com carteira assinada. Já o comércio emprega 27.936 trabalhadores, enquanto na construção são 8.545 empregados. A agricultura colabora com 600 vagas no mercado de trabalho formal.
De acordo com a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região tem 442.578 habitantes. Comparando esses números com os do Caged, 30,23% da população são formados por trabalhadores com carteira assinada. Esse índice é superior ao do Estado: com 7.252.502 moradores, Santa Catarina tem 2.114.655 pessoas registradas no mercado de trabalho formal, o equivalente a 29,16% da população.