Com o 9º dia da greve nacional dos caminhoneiros e a consequente falta de combustíveis, empresas de diferentes setores estão com sua produção comprometida. Em Criciúma e região um dos setores que mais movimenta a economia e que já opera em situação crítica devido à paralisação é o cerâmico.
“Estamos sofrendo com os impactos e a cada dia que passa vai escasseando os insumos. Hoje a previsão é que estejamos com 50% da produção parada das industrias do setor de uma forma geral. Eliane, Elizabeth, Cecrisa. Tem umas que estão funcionando normalmente, mas a maioria vai faltando. A gente tem um fluxo de 170 caminhões por dia entre entrada e saída. Porque recebemos a matéria prima e o produto pronto sai para o mercado”, revelou Paulo Benetton, presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica de Criciúma e vice-presidente comercial da Cecrisa/Portinari.
Segundo Benetton, o grande problema está na falta de transporte tanto de matéria-prima quanto dos produtos acabados. “Os produtos para fazer a composição da massa não estão chegando. Também não estamos enviando o material pronto. Isso foi ficando pior a cada dia. A previsão é que no dia 1º já paremos completamente”, esclareceu.