A torcida do Criciúma deve deixar o estádio da Serrinha, em Goiânia, aos 30 minutos do segundo tempo no confronto desta quinta-feira (17), pela segunda fase da Copa do Brasil, diante do Goiás. A informação foi repassada pela Polícia Militar a integrantes da torcida tricolor no estádio pouco depois das 20 horas.
"Estamos aqui no estádio, foi comunicados de uma forma truculenta de que devemos sair do estádio aos 30 do segundo tempo. Isso é um absurdo, estamos revoltados. Viajamos 3,5 mil quilômetros de ida e volta desde Criciúma para não conseguir ver o jogo inteiro", reclamou o diretor social do Criciúma, Pedro Paulo Canella, em entrevista à Rádio Som Maior. Ele fez a viagem com os torcedores no ônibus subsidiado pelo clube.
A reclamação chegou à diretoria do Criciúma presente no estádio. O vice-presidente Administrativo do clube e chefe da delegação em Goiânia, Alexandre Farias, procurou o comando da PM para buscar flexibilizar a medida. Em paralelo, o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Rubens Angelotti, que tomou conhecimento da situação pela Rádio Som Maior, fez contato com seu colega da Federação Goiana. André Luiz Pitta Pires.
"Conversei com o presidente Pitta, ele me disse que a Federação é contra isso, já tentou derrubar isso e que se trata de uma medida tomada há mais tempo", destacou Angelotti, depois de uma conversa por telefone com o colega. "Pelo menos os torcedores do Criciúma poderão ver pênaltis, pode ir. Mas se tiver 2 a 0 pode estar dentro do ônibus e não ver pênaltis se o time buscar. Vão inventando as coisas. Mas o Ministério Público em Goiás tem que tomar providências, isso é inconcebível", destacou Rubinho.
Ouça a entrevista do presidente da FCF, Rubens Angelotti, no podcast: