Visado por muitas empresas nacionais e internacionais, o selo ISO de qualidade surge em vários segmentos para ajudar empreendimentos a se tornarem melhores naquilo que produzem ao mercado. Enquanto o 9001 designa normas técnicas para uma gestão de qualidade, o ISO 56002 apresenta definições de inovação que podem contribuir na migração dos negócios para a indústria 4.0.
A Internacional Standard Organization (ISO) nasce em Genebra, na Suíça, em um período pós segunda guerra com o objetivo de ajudar a estruturar novamente as empresas que haviam sido destruídas pelo conflito mundial. Já o ISO inovação, vem para auxiliar novamente os empreendimentos mundiais - mas em um novo contexto.
“A ideia da norma é dar diretrizes para encurtar os caminhos para inovações. Ajuda a pavimentar todos os processos para garantir que faça algo sustentável e interessante ao comércio, conseguindo ver com as empresas que já erraram para evitar fazer isso em seu próprio negócio. Ajuda a gerar inovação da maneira mais rápida e assertiva, principalmente com menos recursos”, destacou o especialista em Sistema de Gestão, Alexandre Pierro.
Pierro destaca que o que faz com que as empresas do Vale do Silício se diferenciem das outras áreas de atuação está justamente na padronização por trás de suas ações. “Quando tu padroniza um processo, ele se torna mais previsível, e é mais fácil se ter uma ideia de como o processo vai sair e o que irá realizar. Não é padronizar a inovação, mas sim os processos que podem gerar ela. Assim podemos verificar pontos de melhora e eficiência”, pontuou.
Para receber o selo ISO 56002, há uma série de exigências relacionadas à cultura e comportamento das empresas, como por exemplo a colaboração entre líderes e funcionários e a visão empresarial. No final das contas, não basta ser inovador - precisa inovar periodicamente.
“Um ponto que nos chama atenção, são de pesquisas que mostram que 50% das indústrias europeias, chinesas e americanas fizeram a migração para a Indústria 4.0. 20% das indústrias indianas e paquistanesas também. No Brasil, são menos de 2% as empresas que fizeram essa migração. O grande problema é que se as empresas brasileiras não se adaptarem à 4.0, vai ficar muito mais difícil de competir com os players internacionais. A ISO ajuda a nortear e dar caminhos para minimização de recursos nesta adaptação”, afirmou.